A chave para a vitória...
Não Julgueis...
Conheci Elyan através de amigas.
Neste ínterim grande era o seu tormento.
Sua vida estava um caos! A família desajustada e o marido era o seu inimigo íntimo... Que horror!
Os filhos não se entendiam, nem os pais a eles...
Elyan trabalhava em um órgão governamental, assessorando um político, e , como estava em época de transição política, o seu patrão estava se despedindo do cargo, e ela também.
As dívidas estavam acumuladas e sem controle... Embora ainda estivesse a trabalhar...
Elyan era do tipo que fazia dívidas antes de receber...
Acostumada a conviver com pessoas de alto nível, queria manter um padrão à altura, e com certeza, além da sua realidade... Deu-se mal!
Começou a pedir dinheiro emprestado a agiotas particulares – infelizmente, sabemos que existe a agiotagem legalizada, dinheiro fácil, com juros abusivos, porém, quem está com a faca ao pescoço, finge não perceber, assume novas dívidas, se aprofunda em um poço que fica cada vez mais profundo, se tornando inviável a saída –, sua vida virou um inferno. Como se não bastasse, estava ameaçada de morte por agiotas.
Conversamos por várias vezes, e eu sempre a aconselhava a enfrentar as dívidas do presente, sem que, para isso, precisasse contrair novas. Não há outra forma de conserto... É preciso ter coragem, para assumirmos as nossas falhas. Não podemos viver de fachada.
O primeiro passo é parar!
O segundo: tentar acordar com os credores e mostrar disposição em consertar as coisas. Jamais poderemos nos livrar das dívidas do presente, contraindo dívidas futuras. Vira uma bola de neve!
Foi em uma das nossas conversas, que Elyan me perguntou: – o que eu fiz? Por que estou a passar por tantas dificuldades? Não parece que sou uma cristã... Diga-me!...
– Respondi: Você quer conversar livremente? Posso lhe falar o que sinto com sinceridade?
– Com certeza... Esteja à vontade!... Não suporto mais este tormento!
– Fiz uma pausa, para colocar as idéias em ordem, e lhe perguntei usando a Palavra: "De que se queixa o homem? Queixe-se cada um dos seus próprios pecados".
Certamente, que tudo quanto possa nos advir, é puramente consequência dos nossos atos. Temos a Palavra da Verdade, para sermos guiados em retidão, paz e amor! Porém, tudo quanto fizermos, haveremos de prestar contas a Deus. Por isso Ele é Deus! É soberano. Há leis divinas a serem seguidas, verdades espirituais... Ou é do jeito que Deus quer, ou nada prosperará!
Se cometermos infrações neste mundo, teremos que prestar contas as autoridades, espiritualmente falando, prestaremos contas a Deus sobre nossas falhas, não que Ele seja vingativo, porém, "Sua Lei" é incorruptível e perene. A culpa estará sempre em nós mesmos.
Deus não se molda a homens... O homem tem que moldar-se a Ele!
Elyan começou a chorar convulsivamente...
E, disse: – Estou longe da vontade de Deus...
Sabe? Há muitos anos atrás, logo que me converti a o cristianismo protestante, meu pai estava muito bem, financeiramente falando, morávamos em uma cidade do interior. Não havia nenhuma igreja evangélica lá, o catolicismo imperava naquela cidade... Pedi ao meu pai, para que ele me desse uma grande quantia em espécie, para a edificação da igreja local...
Recebi dois imóveis, que logo vendi, para a construção da casa do Senhor.
Organizei tudo e chamei um pastor que estava sem igreja, para assumir o pastoreio, da 1ª Igreja Evangélica da cidade. Trabalhamos muito, a igreja cresceu. Dava gosto ver...
Foi quando começaram a surgir uns boatos, entre os irmãos da igreja, a respeito da grande amizade do referido pastor para com o seu diácono...
E eu acreditei. Não procurei saber a verdade, simplesmente destituí o pastor e o diácono do cargo!
A cidade ficou sabendo do ocorrido. O pastor sofreu muitas humilhações. A essa altura, outros ministérios já tinham se instalado na cidade, igrejas de denominações diferentes, porém, nenhuma delas confiava o cargo ao pastor...
Ele passou necessidades... E, terminou trabalhando como balconista em uma farmácia local.
Quando eu precisei ir a farmácia, e me deparei com ele por trás do balcão, o meu coração chorou... As lágrimas dele rolaram por suas faces. Porém, ele não deu uma palavra... Como me doeu!... Jamais esqueci!
Tenho certeza de que tudo foi uma grande calúnia, dos que se dizem irmãos... Mas, que o único objetivo destes, é espalhar, causar dissensão entre os fies, obra contrária a visão cristocêntrica.
– Perguntei: Mesmo você se sentindo inquieta com a sua ação, jamais você tentou desfazer todo o mal?
Nem ao menos lhe pediu perdão?
Há ações, que nos acompanha pelo resto das nossas vidas...
O pedido de perdão é de suma importância, para o bem da nossa alma. Porém, a calúnia jamais será completamente esquecida! É como se chegássemos ao alto de um edifício e de lá soltássemos um saco de penas ao vento... Acaso, conseguiríamos juntar todas, de volta ao mesmo saco?
Pendências espirituais... É um obstáculo a nossa frente, que só será removido, através do sincero pedido de perdão. Pedir e liberar perdão são chaves para a vitória!
Esther, Rogessi, Conto Cotidiano. Publicado no Recanto das Letras em 23 /01/ 2009
Código do texto: T 1400656
Não Julgueis...
Conheci Elyan através de amigas.
Neste ínterim grande era o seu tormento.
Sua vida estava um caos! A família desajustada e o marido era o seu inimigo íntimo... Que horror!
Os filhos não se entendiam, nem os pais a eles...
Elyan trabalhava em um órgão governamental, assessorando um político, e , como estava em época de transição política, o seu patrão estava se despedindo do cargo, e ela também.
As dívidas estavam acumuladas e sem controle... Embora ainda estivesse a trabalhar...
Elyan era do tipo que fazia dívidas antes de receber...
Acostumada a conviver com pessoas de alto nível, queria manter um padrão à altura, e com certeza, além da sua realidade... Deu-se mal!
Começou a pedir dinheiro emprestado a agiotas particulares – infelizmente, sabemos que existe a agiotagem legalizada, dinheiro fácil, com juros abusivos, porém, quem está com a faca ao pescoço, finge não perceber, assume novas dívidas, se aprofunda em um poço que fica cada vez mais profundo, se tornando inviável a saída –, sua vida virou um inferno. Como se não bastasse, estava ameaçada de morte por agiotas.
Conversamos por várias vezes, e eu sempre a aconselhava a enfrentar as dívidas do presente, sem que, para isso, precisasse contrair novas. Não há outra forma de conserto... É preciso ter coragem, para assumirmos as nossas falhas. Não podemos viver de fachada.
O primeiro passo é parar!
O segundo: tentar acordar com os credores e mostrar disposição em consertar as coisas. Jamais poderemos nos livrar das dívidas do presente, contraindo dívidas futuras. Vira uma bola de neve!
Foi em uma das nossas conversas, que Elyan me perguntou: – o que eu fiz? Por que estou a passar por tantas dificuldades? Não parece que sou uma cristã... Diga-me!...
– Respondi: Você quer conversar livremente? Posso lhe falar o que sinto com sinceridade?
– Com certeza... Esteja à vontade!... Não suporto mais este tormento!
– Fiz uma pausa, para colocar as idéias em ordem, e lhe perguntei usando a Palavra: "De que se queixa o homem? Queixe-se cada um dos seus próprios pecados".
Certamente, que tudo quanto possa nos advir, é puramente consequência dos nossos atos. Temos a Palavra da Verdade, para sermos guiados em retidão, paz e amor! Porém, tudo quanto fizermos, haveremos de prestar contas a Deus. Por isso Ele é Deus! É soberano. Há leis divinas a serem seguidas, verdades espirituais... Ou é do jeito que Deus quer, ou nada prosperará!
Se cometermos infrações neste mundo, teremos que prestar contas as autoridades, espiritualmente falando, prestaremos contas a Deus sobre nossas falhas, não que Ele seja vingativo, porém, "Sua Lei" é incorruptível e perene. A culpa estará sempre em nós mesmos.
Deus não se molda a homens... O homem tem que moldar-se a Ele!
Elyan começou a chorar convulsivamente...
E, disse: – Estou longe da vontade de Deus...
Sabe? Há muitos anos atrás, logo que me converti a o cristianismo protestante, meu pai estava muito bem, financeiramente falando, morávamos em uma cidade do interior. Não havia nenhuma igreja evangélica lá, o catolicismo imperava naquela cidade... Pedi ao meu pai, para que ele me desse uma grande quantia em espécie, para a edificação da igreja local...
Recebi dois imóveis, que logo vendi, para a construção da casa do Senhor.
Organizei tudo e chamei um pastor que estava sem igreja, para assumir o pastoreio, da 1ª Igreja Evangélica da cidade. Trabalhamos muito, a igreja cresceu. Dava gosto ver...
Foi quando começaram a surgir uns boatos, entre os irmãos da igreja, a respeito da grande amizade do referido pastor para com o seu diácono...
E eu acreditei. Não procurei saber a verdade, simplesmente destituí o pastor e o diácono do cargo!
A cidade ficou sabendo do ocorrido. O pastor sofreu muitas humilhações. A essa altura, outros ministérios já tinham se instalado na cidade, igrejas de denominações diferentes, porém, nenhuma delas confiava o cargo ao pastor...
Ele passou necessidades... E, terminou trabalhando como balconista em uma farmácia local.
Quando eu precisei ir a farmácia, e me deparei com ele por trás do balcão, o meu coração chorou... As lágrimas dele rolaram por suas faces. Porém, ele não deu uma palavra... Como me doeu!... Jamais esqueci!
Tenho certeza de que tudo foi uma grande calúnia, dos que se dizem irmãos... Mas, que o único objetivo destes, é espalhar, causar dissensão entre os fies, obra contrária a visão cristocêntrica.
– Perguntei: Mesmo você se sentindo inquieta com a sua ação, jamais você tentou desfazer todo o mal?
Nem ao menos lhe pediu perdão?
Há ações, que nos acompanha pelo resto das nossas vidas...
O pedido de perdão é de suma importância, para o bem da nossa alma. Porém, a calúnia jamais será completamente esquecida! É como se chegássemos ao alto de um edifício e de lá soltássemos um saco de penas ao vento... Acaso, conseguiríamos juntar todas, de volta ao mesmo saco?
Pendências espirituais... É um obstáculo a nossa frente, que só será removido, através do sincero pedido de perdão. Pedir e liberar perdão são chaves para a vitória!
Esther, Rogessi, Conto Cotidiano. Publicado no Recanto das Letras em 23 /01/ 2009
Código do texto: T 1400656