Antônio & Antônia

Com a cabeça confortavelmente apoiada num travesseiro alto, Antônia pediu um copo de leite ao marido e indagou-lhe as horas. Devia tomar o medicamento às oito; entretanto, desde as sete e trinta começara a se sentir ansiosa, imaginando que já se passara muito do horário. Ao tatear a mesinha-de-cabeceira em busca do despertador, Antônia percebeu-se imediatamente incomodada. Sobre o criado encontrou apenas o velho porta-retratos e um copo de água. Aguçou então os ouvidos e a atenção no objetivo de identificar de que ponto do quarto lhe estariam chegando os tique-taques do relógio...

Naqueles últimos dias qualquer pequena contrariedade era o bastante para fazer com que a mulher se sentisse impaciente e irritadiça. Mesmo carregando consigo a consciência de serem as suas atuais reações um efeito direto da doença sobre o seu comportamento, não conseguira descobrir uma maneira eficaz de se controlar...

Antônia deixou-se estar quieta, esforçando-se por trazer à memória a mais leve lembrança que lhe indicasse ter sido ela mesma quem houvera mudado o relógio de lugar...

“Não, decerto que não!...” Pelo menos neste momento não se recordava de tê-lo feito.

Em seguida chamou o marido uma vez mais, num tom que denotava a mesma irritação e impaciência que a haviam dominado um momento antes...

*

Antônio - que já se encontrava no meio do caminho entre o quarto do casal e a cozinha - mal pudera ouvir a voz da esposa. Antes de deixar o quarto, porém, dirigira-se até a janela e abrira-a completamente, permitindo que o brilho fraco do Sol de maio refletisse sobre as pernas de Antônia. O dia amanhecera frio e o tempo resistia em esquentar...

(Junto com o Sol, aproveitando-se da corrente de ar provocada pela movimentação da janela, um pequeno inseto se insinuara no quarto, voejando vertiginosamente em círculos que se amiudavam na medida em que descia rumo ao chão...)

Antônia permaneceu quieta. Por um momento, sua atenção fora desviada de seus pensamentos para os ruídos da rua, que começavam agora a invadir o seu próprio ambiente...

*

O casal de velhos morava naquela casa há aproximadamente trinta anos. Numa determinada época daquele período, Antônia vira-se necessitada a prestar mais e mais atenção em cada um dos sons provenientes da casa e da agitação existente na rua e na vida ao seu redor: o gotejar da chuva nos telhados e janelas, o ranger dos portões, o latir preventivo dos cães...

Sentada numa espécie de banqueta diante da máquina de costuras e amparando entre os dedos um antigo bastidor de madeira, não foram poucas as vezes em que Antônia dera por si ao acaso - eu vos diria até: “inadvertidamente!” - ouvindo diálogos de pedestres que transitavam na calçada diante da sua janela...

Em várias daquelas ocasiões ela se distraíra durante longos minutos remendando na imaginação certas frases e vozes que lhe chegavam vazias de sentido. Muitas haviam sido as vezes em que as palavras ganharam novos arranjos de significados e interesses quando conjugadas no tempo e no espaço de suas memórias...

Havia ainda os rumores no interior da velha casa. O som do vaivém do pêndulo no antigo relógio de parede e o bater das horas. Havia o badalar externo pressentido quase um momento antes que de fato ecoasse no sino da torre da Igreja. Havia o ligar e o desligar automático da geladeira, o gotejar de uma torneira semi-aberta, o estalar do sinteco novo nos dias mais quentes do verão e o inquieto brincar das crianças no passeio público...

(Aos poucos Antônia fora percebendo ser a vida mais prenhe e repleta de ruídos do que jamais chegara a imaginar um dia...)

Na tarde do dia anterior havia chovido o suficiente para que se tornasse difícil o percurso do velho casal até o hospital e a ausência momentânea do filho obrigara-os a tomar um táxi e a caminhar uma dezena de metros por um bairro distante...

(Sempre que saíam à rua Antônio dobrava o braço ligeiramente, quase formando um ângulo de noventa graus. Antônia se apoiava no cotovelo do seu companheiro ou trançava o próprio braço no dele, num gesto aparentemente romântico e pueril. Então, os movimentos do marido davam à mulher a orientação de que necessitava para seguir em frente e, vez ou outra, dobrar para a esquerda ou direita. Em certos momentos Antônio a avisava sobre a presença de saliências ou degraus no passeio público. Ela então diminuía a marcha e alterava o traçado do próprio trajeto...)

O médico marcara o retorno ao consultório no terceiro e no sexto dias após o início do tratamento, de modo que pudesse acompanhar a evolução da doença e a recuperação de sua paciente. Então - de posse da nova radiografia que a mulher lhe apresentara - o doutor garantira a ela ter havido uma melhora significativa no seu estado geral, o que fez com que Antônia se sentisse um tanto aliviada. Lembrou-a, porém, da necessidade de continuar tomando os remédios regularmente até o final do tratamento, como viera fazendo até agora.

Diante do olhar espantado do marido, o doutor justificou-se afirmando que muitas vezes já observara pacientes que paravam o tratamento pela metade assim que se sentiam bem ou quando os sintomas mais evidentes da doença desapareciam. Nestes casos o caminho ficava aberto para a reincidência; e como o caso de Antônia a princípio se lhe afigurara um tanto grave devido à idade da paciente...

Em seguida, voltando-se outra vez para Antônia, alertou-a sobre a importância da ingestão de líquido inúmeras vezes durante o dia:

- O importante, Dona Antônia, não é beber uma grande quantidade de água de uma só vez, mas tomar um gole a cada momento, umedecendo a garganta todas as vezes que a senhora se lembrar. Isso a ajudará a expelir o catarro, a desprendê-lo do peito. Deixe um copo por perto e vá bebericando um bocadinho de tempos em tempos...

Muito a contragosto, Antônia afirmou estar bebendo diariamente aquilo que ela considerava ser uma “enorme quantidade dos mais variados líquidos”. E descreveu com certo mal humor que o marido não podia vê-la quieta ou descansando, que logo lhe apresentava ora um copo d’água, ora um suco de laranja ou um chá de limão...

- Outro ponto essencial na recuperação é o descanso. A senhora deve procurar estar mais tranqüila e evitar os gastos inúteis de energia. Não sei se já reparou na maneira como os animais reagem quando estão doentes e na sabedoria natural que mostram possuir nessas ocasiões: um cão, por exemplo, isola-se e permanece quieto e encolhido até que se sinta melhor. É um saber que muito nos valeria se nos utilizássemos dele no momento preciso...!

Antônio estranhou a comparação estabelecida pelo médico entre os comportamentos de um cachorro e os de sua esposa, mas manteve-se calado.

No final da consulta o doutor recordou-lhes a influência que uma alimentação saudável e consistente teria para a saúde de Antônia naqueles dias, ainda que soubesse da difícil fase de inapetência na qual vinha transitando a sua paciente. “Seria bom, entretanto, que forçasse um pouco a alimentação...”

- Os medicamentos, Dona Antônia, provocam o desgaste das paredes do estômago; uma alimentação equilibrada neste momento tem a função de aliviar também esse efeito secundário. Não é raro que os pacientes saiam do consultório curados de uma determinada doença e afetados por outra - uma gastrite, por exemplo – devido ao fato de não se terem alimentado convenientemente durante o tratamento à base de remédios. O ideal é que a senhora faça as refeições com no máximo uma diferença de três horas entre umas e outras...

Na verdade a chapa revelara ainda a pequenina mancha no pulmão esquerdo de Antônia, mas o médico assegurou-lhe ser aquilo perfeitamente normal. O interessante era o fato de que a mancha se mantivera estável entre as datas em que uma e outra radiografias haviam sido tiradas. Assim - excetuando-se as vias aéreas ainda um pouco obstruídas - nada mais havia a fazer. A febre desaparecera completamente, sinal de que o medicamento viera surtindo o efeito desejado. Restava agora dar continuidade ao antibiótico durante os próximos seis dias, até que o processo de cura se completasse totalmente...

*

No momento em que Antônia mais uma vez se preparava para chamar o esposo, ouviu seus passos no corredor. Antônio se aproximou vagarosamente trazendo-lhe um copo de leite morno.

A respiração cansada da mulher fez renascer no marido um sentimento semelhante ao que ele havia experimentado anos antes, na época em que surgira em Antônia os primeiros sinais do diabetes...

(Antônio completara setenta e cinco e Antônia setenta e nove anos em junho último, sendo a data de seus aniversários uma daquelas singulares coincidências em suas vidas. Por uma interessante sincronia do destino, os cônjuges haviam nascido nas proximidades do dia de Santo Antônio, daí terem recebido igualmente a alcunha desse santo padroeiro, cada um com a forma peculiar que a sua condição de gênero impunha.

Fôra devido ainda a essas mesmas coincidências – o dia do nascimento e a escolha semelhante dos respectivos prenomes por ambas as famílias - que eles haviam se conhecido seis décadas atrás. Eram então jovens e apenas o acaso de uma festa e a apresentação recíproca por parte de um amigo comum tornara possível o encontro e o despertar de uma afeição que se transformaria em amor e responsabilidade...

Tempos depois, logo após o nascimento do filho, Antônia começara a se queixar da saúde: apesar de ingerir grande quantidade diária de água, desidratava-se constantemente. Naquela ocasião submetera-se a um tratamento médico para o controle da doença diagnosticada, mas acabara perdendo gradativamente a visão. E assim, diante das dificuldades que a maternidade naturalmente imporia à mulher, Antônia e Antônio decidiram de comum acordo restringirem-se àquele único filho que se formara professor e se encontrava nesses dias em viagem a São Paulo, terminando um “doutorado”...)

Antônio tocou nas mãos da esposa apresentando-lhe o copo de leite e duas pílulas:

- Demorei...?

- É... já deve ser mais de oito horas... E você sabe, eu fico ansiosa quando vai se aproximando o horário dos medicamentos...

O homem percorreu com os olhos o espaço existente entre o criado e a cadeira-de-balanço e interiormente reconheceu ter feito algo que decerto deixaria Antônia muito mal-humorada em boa parte daquela manhã: tirara o relógio-despertador da mesa-de-cabeceira e transferira-o para o assento da cadeira-de-balanço sem que tivesse tomado o necessário cuidado de avisá-la...

(Aquele fora um dos primeiros “arranjos” que marido e mulher haviam feito entre si: jamais tirar um objeto do lugar sem que fosse dada sua imediata ciência à mulher. Outras “convenções” vieram posteriormente a partir da experiência de ambos no dia-a-dia, como a de manter as portas dos quartos abertas e não deixar nenhum mobiliário no caminho...)

Ciente da localização do relógio, Antônio observou a esposa levantar-se da cama, caminhar até a cadeira-de-balanço e apanhar o despertador, depositando-o cuidadosamente no seu lugar de origem. Antes, porém, pressionou um pequeno botão na lateral do aparelho e ouviu uma voz metálica informar serem oito horas e dois minutos.

Em seguida Antônia voltou à cadeira, acomodou-se e fechou os olhos. Pouco dormira durante a noite e aproveitaria as primeiras horas da manhã para se refazer.

Imitando-a, o marido sentou-se na borda da cama. Abriu a gaveta do criado e tirou de lá algumas receitas e radiografias da mulher, distraindo-se por alguns segundos com o som produzido pelo vaivém da cadeira. Em seguida ergueu as chapas contra a luz que se espalhava da janela e se pôs a examinar no receituário a difícil caligrafia do médico. Lembrou-se da comparação que este fizera entre os comportamentos do cão e os de sua esposa e concluiu que os médicos se utilizavam mesmo de imagens muito esquisitas para expressar seus pensamentos. Afinal, colocar lado a lado as reações de um animal e de uma pessoa era coisa que Antônio jamais imaginaria sair da boca de um “doutor”...

*

O Sol agora iluminava todo o corpo de Antônia, proporcionando-lhe uma agradável sensação de bem-estar e prazer. O dia aquecia-se lentamente...

Pareado ao tique-taque do despertador, ouviu-se no quarto o zumbido de uma mosca. Antônio acompanhou o vôo do inseto até o braço de Antônia que se mantinha imóvel e quase tocando a superfície retangular do criadinho. Sobre ele o homem avistou o porta-retratos onde uma Antônia vistosa e enfeitada de rendas sorria para ele numa antiga cena de casamento....

Por um momento Antônio sobrepôs as duas mulheres diante de si, a Antônia real e a jovem da fotografia. Acima das visíveis diferenças, tivera o homem a nítida impressão de que as duas Antônias em muito se assemelhavam: ainda que as mãos daquela se enchessem de vida e sensualidade na pose da câmera fotográfica e que os ombros da outra aparentassem naquele instante pura imobilidade; mesmo que os cabelos desta houvessem se esbranquiçado aos poucos, um fio aqui e uma mecha mais vasta logo além, com a cabeça por fim toda se enfeitando de neve; e – finalmente - apesar dos olhos de uma se encontrarem atualmente turvos e embaçados, um dia se mostraram acessíveis e ternos como na imagem do porta-retratos; ainda assim - pensava - algo permanecera...

...esse “algo” – e era ai que o homem já não saberia explicar ao certo o quê - resistira no decorrer dos anos; mesmo que os aparentes efeitos da mudança tendessem a indicar o contrário, no corpo e no rosto da Antônia real brilhavam os vestígios de uma beleza e de uma sobriedade que ousaram persistir e não se deixaram abater. Antônio deteve-se por algum tempo observando a figura da esposa: seus olhos fechados, os ombros redondos, as mãos bem feitas, de dedos longos...

(Desde mocinha, Antônia tivera os braços roliços... E os ombros, então! - como se mostravam atraentes no decote dos vestidos! E a Antônio – ele se lembrava perfeitamente disso - lhe chamara inicialmente a atenção os ombros e os olhos da mulher, olhos da cor de amêndoas, que a tudo seguiam com obstinação e desejo...)

Naquele momento, entretanto, os olhos da mulher não insinuavam desejo nem obstinação: mantinham-se inertes e fechados; mas fechados de uma maneira especial, tão esquisita que acabaram atraindo a atenção do marido. Era como se além de trancados para dentro, impossibilitados naturalmente para as visões da vida e da variedade de todas as cores e movimentos, estivessem igualmente em silêncio, envoltos por uma muda névoa de solidão e impossível contato...

(...e então - enquanto Antônio avaliava interiormente a expressão silenciosa da esposa - sentiu avantajar-se em si uma terrível percepção: Antônia estava por demais quieta em sua cadeira; isso já fazia um bom tempo e...

...e subitamente parecera ao homem que um misterioso silêncio aflorara, extrapolara por um momento em distensão e se escapara dos olhos da mulher, preenchendo repentinamente todo o ambiente do quarto de um modo que não lhe fora dado percebê-lo antes, mas que agora se tornara excessivo e difícil demais de suportar...

O que o incomodava não era o fato dos olhos de sua esposa se encontrarem trancados em si mesmos, muito para além das pálpebras meramente fechadas: no decorrer dos anos, Antônio fora se acostumando gradativamente aos sentimentos que lhe advieram da perda de visão da mulher. Dormindo agora, porém, Antônia parecia estar muito distante dali, vagando por lugares inacessíveis, locais que ele sequer conseguia imaginar. E era talvez o receio desses lugares - ou de um único lugar desconhecido e que começava a se fazer temerosamente real diante dele - que o deixava tão angustiado e aflito...)

Os olhos da mulher continuavam fechados e o seu rosto agora lhe surgia duro, rígido como as faces de alguém que tivesse adormecido por um excesso de cansaço. Era como se o rosto de Antônia, tão seu conhecido, houvesse se tornado inopinadamente vago e misterioso e se tivesse feito de pedra, de cera, gesso ou argila. Ali o homem não conseguia captar nada que lhe denunciasse a vida. E então aquela ausência de movimentos, a rigidez nos traços do rosto da mulher e o silêncio que se estabelecera definitivamente no quarto - tudo aquilo, enfim, fizera brotar nele um sentimento de perda...

Era possível – sim! que Antônia estivesse apenas dormindo. Mas se este fosse o caso – calculou rapidamente - deveria ao menos estar ouvindo o seu ressonar lento ou percebendo alguma agitação no peito de sua esposa; e até aonde os seus sentidos conseguiam captar – e ele se pusera mesmo o mais quieto e silencioso que lhe fora possível na expectativa de perceber o menor ruído existente no quarto - não havia nenhum som ou movimento no corpo da mulher...

(O único ponto móvel ainda perceptível ali era a continuada presença do pequeno inseto no braço de Antônia, remexendo as patinhas dianteiras como se as estivesse esfregando higienicamente com aquilo que ele imaginou ser uma espécie de língua...)

Durante alguns segundos Antônio permaneceu frágil e indefeso, indeciso sobre o que fazer. Quando já se encontrava a ponto de levantar e caminhar na direção da esposa, percebeu nela um suspiro e um movimento do braço...

(Com o movimento da mulher, a pequenina mosca assustara-se e voltara a voejar pelo quarto, produzindo leve rumor. Num vôo ligeiro, ultrapassou o limite estreito da janela, alcançou a rua e desapareceu. Assim como o inseto, Antônio também se assustara terrivelmente e agora suspirava aliviado, como se também ele tivesse conseguido ultrapassar o estreito limite de uma janela...)

- Ah! – disse-lhe a mulher que despertara com o movimento-som produzido por seu próprio corpo e procurava se ajeitar mais confortavelmente na cadeira – ainda está ai?! Estava sonhando... um sonho tão bom, da época em que nos conhecemos... lembra-se daquele homem que nos apresentou na festa de Santo Antônio, no baile da Polícia Militar? Olhe que eu nem me recordava mais dele e não é que o sujeito acabou de ressurgir no meu sonho, como se estivesse aqui mesmo do meu lado!

Antônio movimentou afirmativamente o rosto. Ocorreu-lhe, porém, que Antônia não percebera o seu gesto e ele de imediato se recordou das “convenções” e dos “tratos”.

- O Gomes?... sim, eu me lembro bem dele! Usava umas roupas estranhas, estampadas, respondeu olhando diretamente nos olhos da esposa...

*

Dentro de alguns dias o filho regressaria da viagem e Antônio pediria a ele que viesse passar uns dias em casa, fazer companhia à mãe...

Seria bom se o filho conseguisse abreviar sua estadia em São Paulo e retornasse antes do previsto...

(Era certo que Antônio se sentiria muito mais confortável em sua presença...)

...em todo caso, quando o filho chegasse poderia passar uma ou duas tardes com eles - pensou - e depositou a cabeça lentamente no travesseiro, buscando encontrar uma posição na qual também se sentisse menos incomodado...

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