CIRCULO VICIOSO
Não eram nem quatro da manhã, quando já estavam me chamando, com gritos de guerra para trabalhar, e eu nem ao menos queria, mas tinha que sair para procurar um meio de vida melhor.
Acordado no meio de uma escuridão do dia e, já me chamaram para viver, não sei o que, mas já gritaram meu nome pela segunda vez.
Vou ter que levantar para sentir o sol no rosto.
A voz se torna irritante e grita o meu nome, não se cansa nunca e os meus olhos pesado não correspondem ao chamado, mas sou obrigado, afinal o mundo está lá fora, e é preciso conquistá-lo.
Assim como que morto me levanto para lavar o rosto e me olhar no espelho, notei uma pequena diferença entre o atual e o do dia anterior, a voz irritante não nota o meu cansaço e fala de novo, eu finjo que não escuto, e acho que nem isso é mais possível fazer, nos meus ouvidos ainda ecoam o barulho do transito do dia anterior e já acordo sonhando com o Sábado.
A mesma coisa todos os dias, cansam o coração que já não é o mesmo e funciona com um relógio estragado, mas dá para viver, e dá para levar a vida.
Tomar o café já faz parte da rotina é o mesmo pedaço de pão, parece até o do dia anterior e ainda estou na terça, sonhando com o sábado e tendo verdadeiros pesadelos de uma segunda.
Volto e sento na cama e me preparo para sair, não sem antes de olhar a bolsa e os bolsos que mesmo vazios, dão a impressão de que algo se esconde no fundo, e no fundo talvez a minha vergonha esteja lá escondida e deprimida com a violência com que me carrego, talvez os sonhos da noite anterior estejam guardados nos bolsos vazios e sujos, com a sujeira do nada, e o nada fede, fede a solidão, tristeza e a própria miséria que a vida traz e nós aproveitamos para Segura-la, talvez por estar com as mãos vazias e assim ocupá-la com alguma coisa, mesmo que seja de vazios.
volto ao banheiro, e num pequeno espaço de tempo a voz chama de novo, sinto vontade de mandar meu chefe a merda e chamá-lo de ladrão, mas como tenho necessidade de dinheiro, sou obrigado a aturá-lo com todas as suas idiotices.
Finalmente saio de casa e apanho o ônibus, vem sempre cheio e a saudade de um sábado no meio da semana, me atrai ainda mais, Queria que o mundo fosse feito de sábados, mas não é, e eu preciso acordar.
Chacoalha daqui, freadas e palavrões, vou levando a vida dentro do ônibus que para variar não perde um ponto de vista.
Chego ao trabalho, e durante o dia todo tenho que aturar, dois grandes empecilhos prejudiciais a minha saúde, o sono que sinto e a irritação da presença constante de pessoas que ao contrário de mim não sentem saudades de um sonho de vez em quando.
Acendo um cigarro e fico olhando pelo espelho da fumaça e imagino se não sou eu essa poluição que está no mundo e que sempre respiro fundo, para sentir a vida mais perto na cidade, para sentir o mundo numa cidade onde os cidadãos são movidos a fumaça e também óleo.
A hora não passa e o tempo corre violentamente devagar, até que depois que quase uma vida de espera, pelo menos é o que imagino.
Dá cinco horas no grande rio, o sono passou e a ansiedade não existe mais e a miséria morreu, é esquecida toda a melancolia do dia que está terminando e com ele termina uma nova era, quando chego em casa é um novo homem que chega, um novo ser que acorda, e como estou mortalmente cansado, desmaio para acordar no outro dia e começar tudo de novamente, virando um círculo vicioso.
Não são nem quatro horas da manhã...
Não eram nem quatro da manhã, quando já estavam me chamando, com gritos de guerra para trabalhar, e eu nem ao menos queria, mas tinha que sair para procurar um meio de vida melhor.
Acordado no meio de uma escuridão do dia e, já me chamaram para viver, não sei o que, mas já gritaram meu nome pela segunda vez.
Vou ter que levantar para sentir o sol no rosto.
A voz se torna irritante e grita o meu nome, não se cansa nunca e os meus olhos pesado não correspondem ao chamado, mas sou obrigado, afinal o mundo está lá fora, e é preciso conquistá-lo.
Assim como que morto me levanto para lavar o rosto e me olhar no espelho, notei uma pequena diferença entre o atual e o do dia anterior, a voz irritante não nota o meu cansaço e fala de novo, eu finjo que não escuto, e acho que nem isso é mais possível fazer, nos meus ouvidos ainda ecoam o barulho do transito do dia anterior e já acordo sonhando com o Sábado.
A mesma coisa todos os dias, cansam o coração que já não é o mesmo e funciona com um relógio estragado, mas dá para viver, e dá para levar a vida.
Tomar o café já faz parte da rotina é o mesmo pedaço de pão, parece até o do dia anterior e ainda estou na terça, sonhando com o sábado e tendo verdadeiros pesadelos de uma segunda.
Volto e sento na cama e me preparo para sair, não sem antes de olhar a bolsa e os bolsos que mesmo vazios, dão a impressão de que algo se esconde no fundo, e no fundo talvez a minha vergonha esteja lá escondida e deprimida com a violência com que me carrego, talvez os sonhos da noite anterior estejam guardados nos bolsos vazios e sujos, com a sujeira do nada, e o nada fede, fede a solidão, tristeza e a própria miséria que a vida traz e nós aproveitamos para Segura-la, talvez por estar com as mãos vazias e assim ocupá-la com alguma coisa, mesmo que seja de vazios.
volto ao banheiro, e num pequeno espaço de tempo a voz chama de novo, sinto vontade de mandar meu chefe a merda e chamá-lo de ladrão, mas como tenho necessidade de dinheiro, sou obrigado a aturá-lo com todas as suas idiotices.
Finalmente saio de casa e apanho o ônibus, vem sempre cheio e a saudade de um sábado no meio da semana, me atrai ainda mais, Queria que o mundo fosse feito de sábados, mas não é, e eu preciso acordar.
Chacoalha daqui, freadas e palavrões, vou levando a vida dentro do ônibus que para variar não perde um ponto de vista.
Chego ao trabalho, e durante o dia todo tenho que aturar, dois grandes empecilhos prejudiciais a minha saúde, o sono que sinto e a irritação da presença constante de pessoas que ao contrário de mim não sentem saudades de um sonho de vez em quando.
Acendo um cigarro e fico olhando pelo espelho da fumaça e imagino se não sou eu essa poluição que está no mundo e que sempre respiro fundo, para sentir a vida mais perto na cidade, para sentir o mundo numa cidade onde os cidadãos são movidos a fumaça e também óleo.
A hora não passa e o tempo corre violentamente devagar, até que depois que quase uma vida de espera, pelo menos é o que imagino.
Dá cinco horas no grande rio, o sono passou e a ansiedade não existe mais e a miséria morreu, é esquecida toda a melancolia do dia que está terminando e com ele termina uma nova era, quando chego em casa é um novo homem que chega, um novo ser que acorda, e como estou mortalmente cansado, desmaio para acordar no outro dia e começar tudo de novamente, virando um círculo vicioso.
Não são nem quatro horas da manhã...