EU VOCÊ E A LAREIRA
Por EstherRogessi
 
 
 É Natal! 
A alegria reinante me contagia  e o desejo de olhar  direto  em seus  olhos... Faz-se mais forte. Anseio  por lhe abraçar; curar-me da saudade doída; sentir o seu cheiro que esvaiu-se no ar, porém, permanece em mim...  
Lembro que tudo era muito bom. 
Quero esquecer as dores passadas e  no passado deixar todas às feridas ...Tentei  curá-las... Não deu certo! 
O tempo é  "milagreiro"  tem esse poder.  Assim, aprendi  a perdoar.
Dezoito anos... Sem  contar com você, tampouco compartilharmos das alegrias do Natal.
Os nossos filhos, não são mais crianças seguiram  rumos diferentes  têm suas vidas independentes e  moram fora do país.
Deles, recebi presentes  e cartões,  com expressões de  desejosa felicidade... Sou daquelas criaturas que amam uma só vez. Há pessoas que fazem de suas vidas  laboratório de amor e dos seus corações tubos de ensaio  –  estão sempre propensas  às novas experiências amorosas.
Contento-me com às  boas lembranças do que julguei eterno.
Depois destes longos anos de solidão  arrumei  à casa com esmero.
Estás voltando... Decorei  tudo de acordo com a época e preparei a lareira, que está queimando, igual ao meu coração.
Nada mudou, sinto a mesma emoção de quando namorávamos  e  na saída,  no portão,   beijávamo-nos ternamente.  Éramos tão jovens... Fomos tão felizes!
Do infernal  desencontro...  Prefiro não mais falar!
Chegarás no  voo das 23:00h. Espero passar à noite  aconchegada aos teus braços, no calor da lareira... e, feliz, enfim... sorrir,  não mais chorar.


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EstherRogessi
Enviado por EstherRogessi em 18/12/2008
Reeditado em 17/07/2018
Código do texto: T1342690
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