CARREGANDO A CRUZ
Por mais que haja um esforço ,
sempre tem alguma, que no fim/
Nos olhos com olhos de vergonha/
Nos encosta no fosso, com esforço/
De cegonha e admira em meios de /
Cegos abstêmios, ouço versos que não tenho/
E embrenho pelo sertão à fora/
E aflora a súbita impressão/
Que calar é melhor ou vozes do além, aquém/
Que na minha fronte vela/
Em montanhas nuas, cruas/
Onde não tenho ninguém/
Só a vela acesa da luz/
Cruz é o que se carrega, e/
Mesmo pesada nos aumenta/
A confiança em futuros remotos/
Que noto a saudade que cai/
Em meu peito já marcado/
Arrancando das entranhas ceias/
Que me torna acesa, crua/
São puras que não venho/
São senhas que não creio/
São versos que não me apaga/
Por mais que haja um esforço ,
sempre tem alguma, que no fim/
Nos olhos com olhos de vergonha/
Nos encosta no fosso, com esforço/
De cegonha e admira em meios de /
Cegos abstêmios, ouço versos que não tenho/
E embrenho pelo sertão à fora/
E aflora a súbita impressão/
Que calar é melhor ou vozes do além, aquém/
Que na minha fronte vela/
Em montanhas nuas, cruas/
Onde não tenho ninguém/
Só a vela acesa da luz/
Cruz é o que se carrega, e/
Mesmo pesada nos aumenta/
A confiança em futuros remotos/
Que noto a saudade que cai/
Em meu peito já marcado/
Arrancando das entranhas ceias/
Que me torna acesa, crua/
São puras que não venho/
São senhas que não creio/
São versos que não me apaga/