Noite Caliente de Amor

Certas Pessoas mesmo presentes às festas, mostram-se distantes, não integradas ao ambiente.

É o caso de Flávia.

Nos encontros dos seus colegas de trabalho regados a espagueti, churrasco, cerveja, cachaça, jurubeba, ela participa pela metade, com o corpo presente, mas com o espírito nas nuvens..

Alfredo, exímio tocador de cavaquinho, foi quem primeiro notou a indiferença da moça. Comentou com Paulo, que a partir daquele momento passou a perceber o quanto Flávia desprezava a reunião dos colegas.

Seria por causa de sua origem burguesa? As festas de seus colegas eram demasiadamente populares? Pensava que samba era coisa de preto?

Numa sexta-feira de lua cheia, lua esta que influencia até os mares, o samba corria solto no fundo do quintal da casa de Carlinhos.Carne na grelha, cerveja gelada, coisa e tal.

Surpreendentemente Flávia começou a sambar. O frenesi dos instrumentos invadiu o seu corpo, introjetou despojamento em seu espírito.

Diante dos olhos de todos começou a despir-se. Tirou a blusa, o samba corria solto, depois o sutiã, o samba evoluía, tirou a saia, o samba a enlouquecia, ficou só de calcinha.

Depois, com o olhar em transe fez um sinal a Beatriz, convidando-a para uma noite caliente de amor.

CAIO DUARTE
Enviado por CAIO DUARTE em 28/11/2008
Reeditado em 28/11/2008
Código do texto: T1307940