ACORDAR PARA A REALIDADE

Dor na mão e o cigarro na boca, quando estourou os primeiros fogos, comecei a pensar, mais um dia, mais um ano, pensei em você, mas você não estava, estava tão longe que nem no fundo da mente, consegui ver o seu rosto, tentei esquecer, que você existia.
Os fogos continuaram, a músicas também, e o copo vazio, eu enchi novamente, para tentar continuar, era preciso ser um ébrio.
Você surgiu novamente, desta vez, estava como sempre imaginei, lembrei que nada aconteceu, e que talvez, não tivesse existido, e duvidei de sua existência.
O que fiz neste ano? Não consegui fazer nada as vezes por minha própria culpa, mas só as vezes, e além de nada construir, acabei atrapalhando, as
construções dos outros.
Pensei que ao acabar o ano, eu também acabaria, talvez acontecesse, se não fosse uma esperança íntima, esperança de melhorias. E se tal não acontecesse? Então resolvi não pensar.
O ano acabou, a música também, os fogos cessaram e o copo vazio embaixo da cama, davam a sensação de que só eu fiquei, só eu com outro cigarro na boca, o estômago doendo, e a estranha sensação de angústia de talvez não encontrar mais uma vez
luiz machado
Enviado por luiz machado em 25/11/2008
Reeditado em 15/12/2008
Código do texto: T1301921