Trabalho Escravo no Campo - Amazônia

Essa história não aconteceu de fato, mas é baseada em casos reais de fazendas do Estado do Pará - Brasil !!!

Seu João tem uma família de trabalhadores rurais, mas nunca foram proprietários de terra.

Dona Maria é a esposa de João e mãe de Chico e Izabel.

A família de seu João não consegue emprego assalariado nas fazendas da região para que eles possam assegurar sua subsistência.

Preocupado em garantir uma condição mínima de subsistência para sua família, seu João aceita trabalhar em parceria no latifúndio do Sr.Brandão.

No sistema de parceria a família de João plantava produtos considerados de subsistência como arroz, feijão, milho, ...

Quando os produtos eram colhidos, João recebia apenas uma pequena parte da produção em troca da força de trabalho de sua família na fazenda do Sr.Brandão que recebia a maior parte da produção colhida por ter investido certo capital, além de conceder a terra para plantio.

Seu João sabia que sua família trabalhava muito e recebia pouco, mas não reclamava, pois a situação sempre foi difícil e João via essa parceria como a "única" forma de garantir o sustento da família.

Porém, uma empresa monocultora e mecanizada resolveu comprar a terra do Sr.Brandão para plantar soja e o fazendeiro vendeu rapidamente seu latifúndio, devido a grande fortuna que a empresa ofereceu por sua terra, acabando com a parceria entre ele e seu João que precisou deixar a fazenda ,pois não tinham qualificação profissional para trabalharem nas maquinas para a produção de soja.

A família migrou para uma fazenda localizada em uma área distante de qualquer centro urbano ou vila para confirmar um boato que João ouvira falar sobre um fazendeiro novo na região oferecendo moradia e carteira assinada para os trabalhadores de sua terra, além de escolas para os filhos dos empregados.

Seu João estava feliz e esperançoso de dar a sua família uma nova e melhor condição de vida.

Mas quando a família de seu João começou a trabalhar na nova fazenda eles eram vigiados pelos jagunços armados, contratados pelo proprietário da terra e o trabalho era forçado para que ele pagasse a sua divida, que nunca parava de aumentar, devido o uso das ferramentas rurais, uso dos alojamentos da fazenda, e muitas outras formas de dívidas criadas pelo fazendeiro para mante-los presos ali. Foi nesse momento que ele percebeu que as promessas do novo patrão não seriam cumpridas. Durante várias horas de trabalho pesado, apenas uma parada de poucos minutos para descanso e alimentação, caracterizando o trabalho escravo, da família de seu João, no campo.