Resposta ao leitor
_ Prometo!... Balbuciou Ana.
_ Juras? Interrompeu- a iludido pelo olhar.
_ Ora! Será necessário eu dizer que penso em ti?
...
Essa história não tem nada de interessante. Afora os dois personagens estarem próximos a minha casa. A personagem central, Ana, conta seus trinta anos. Mas deixando de lado sua idade detenho-me no sorriso feiticeiro (angelical, se preciso for!) onde encontramos lábios convidativos a um beijo de amor. A cena parece-nos real. Ao leitor diz-se que há na outra fala uma chama de paixão.
É uma coisa que notei ao passar em frente a um banco desses de pracinha de cidade do interior do Piauí. A mulher voltara a cabeça escondendo o rosto no ombro do rapaz ao me vê transpor a rua, com um gesto rápido; ao momento em que ele a protegia de meus olhos indagadores. A esses movimentos eu baixei a vista envergonhada. Não vem ao caso, mas lembrei de uma amiga que costuma dizer: “Quem não tem vergonha, faz aos outros!”.
A bem da verdade, eu sou amante de um lugar sossegado para namorar. E idade é algo irrelevante. Em que direção estou indo? Fujo de minhas intenções de narrar um e-mail recebido para me ater a divagações! Que Ana e seu pretendente fiquem lá a se entender! Eu seguia pela via molhada agora após uma chuva de verão, escolhendo em que pedra da alameda de ardósia colocar minhas havaianas.
Não julgue que estou nesse blá... blá ...blá para fazer você ler meus inscritos um pouco mais. Direi o sucedido.
Estive a tarde inteira às voltas com trabalhos escolares. Num certo momento resolvi verificar meus e-mails. Quatro. Quatro? Eu fiquei eufórica. Esqueci-me de digitar as avaliações mensais e abri um em especial: “Flor!”.
“Perdoe a ousadia... Li algo seu na internet e gostaria de dar um “toque” _ Fiquei com imensa tesão_ Será que pode escrever um texto erótico mais ousado?”
Que responder àquela pergunta? Nada. Calei-me por completo. Os pensamentos apagaram-se. Estímulos de minhas células, todavia, faziam um percurso do cérebro à pele. Devido a uma criação severa, corei! Mas sou em idade atual amante do vermelho! Abri uma página no Word e viajei na imaginação, negando-me o “erótico”!