Minimalista
Era uma vez uma moça muito sonhadora. Tinha os olhos verdes, da cor do oceano. Às vezes ficavam em tons do céu. Mais quando estava feliz. Mas como esses momentos eram muito raros e ela encontrava muita pedra no meio do caminho, não conseguia cicatrização para tanta ferida e foi se sentindo cansada, muito cansada, exaurida mesmo, extenuada.
E então, desencantada, tomou a decisão mais definitiva de sua vida: iria parar de sofrer, para sempre. Assim foi que, em uma manhã de domingo, os vizinhos viram, aturdidos, o portão da casa de muro alto e jardim vivo, entreaberto. Espiaram curiosos para dentro do quintal e a encontraram caída, perto de seus vasos de margaridas.
O fim.