Francisco, o galã celestial

29/05/08

Francisco, o galã celestial

Francisco estava no terceiro ano de medicina quando teve uma dor muito forte. Escreveu uma carta para sua mãe, contando sobre seu estado de saúde.

Imediatamente, a mãe mandou que voltasse para casa, encaminhando-o para o médico afamado daquela época.

Diagnosticado, com nefrite - inflamação dos rins. Foi receitado com leite de magnésio.

Com medicação e amor incondicional da mãe, “curou-se”. Falsa regeneração.

Uma semana depois, voltaram os sintomas e, dessa vez, mais fortes. Não resistindo ao sofrimento e a dor, morreu, deixando, sobremaneira, as mulheres devastadas com seu falecimento.

Primeiramente sua mãe, que sonhava em vê-lo formado em medicina para curá-la da asma. Depois sua noiva, que estava preparando o enxoval para o casamento. A terceira, sua prima e admiradora secreta. Essa última já tinha ficado destroçada por não ter sido escolhida à noiva.

O caso, bem na verdade, é que Francisco foi ao Céu medicar os anjos, pois exercer a medicina era sua vocação, independentemente de onde estivesse. Ele hipnotizava as pessoas com um simples olhar. Era um olhar firme, possuído da mais alta estima. As "moiçolas casadoiras" ficavam louquinhas por ele.

No dia de seu enterro, seu caixão estava cercado de rosas e das duas amadas que choravam copiosamente, inconformadas com a morte prematura do jovem galã.

As lágrimas de ambas inundaram o caixão. Não adiantava mais lamentar a grande perda.

Ficaram de luto por muito tempo. Por fim, resolveram se casar com outros pretendentes, para não ficarem no caritó, estado esse de grande vergonha para a época.

XXVI Concurso Internacional Literário

Adriana Quezado

Classificada: 14º lugar

AQAZULAY ADRIANAQ
Enviado por AQAZULAY ADRIANAQ em 11/10/2008
Reeditado em 25/07/2015
Código do texto: T1222546
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