Tragédia no sexto andar
Acordou cedo e saiu para comprar o pão. Morava no sexto andar em um prédio no centro. Desceu pelo elevador e chegou ao portão. Era sábado e o dia estava nublado. Ao voltar o café já estava preparado e a mesa arrumada. Tomou o café e às sete horas saiu, foi jogar bola com os amigos (o que já era de costume). Só voltou onze horas; estava alegre, seu time ganhara e ele havia sido o artilheiro. Bem, é o que ele conta. Tomou um banho, sentou no sofá e ligou a televisão. Um programa no canal cinco lhe chamou atenção, falava sobre vida marinha. Ele ficou assentado ali, esperando o almoço que ficou pronto em quinze minutos. Depois de dormir durante uma hora foi estudar, afinal, tinha prova na segunda e precisava recuperar a nota da primeira prova. Só parou à seis horas, quando foi para a reunião do grupo de jovens que freqüentava todo sábado. Na saída encontrou sua namorada. Conversaram, riram, abraçaram e se beijaram. Voltou para casa. Tomou mais um banho, vestiu o pijama e foi para o quarto. Não pediu a benção nem para o pai nem para a mãe. Trancou a porta, abriu a janela e se atirou.