Auto contar ( mini conto )
Auto Contar (mini conto)
Acastelei-me em sonhos.
O reino era uma tapera.
Lá, à noite vinda, era dona das estrelas.
Todas.
Estrelas.
Até então sonhava.
Hobby de princesa.
Esperar um príncipe, nem tão real, nem tão encantado.
Esperava.
E esperava.
Caçei sapos, arrisquei.
Beijei.
Contava estrelas.
Às cadentes pedia.
Pedia.
E pedia.
Foi o tempo, foram os dias.
E nem um príncipe me desposou.
Virei uma princesa solitária.
Um castelo de tapume.
Um céu estrelado.
E nenhum príncipe.
Nem a pé, nem a galope.
Nem cavalo alado, que nada.
Nem do Reino das águas claras, veio.
Nem no pote do Final do Arco-íris.
Nada.
Não veio.
Só uma princesa só.
Só.
De que adianta?
Meu tapume por um príncipe!
Dou até minhas estrelas!
E a história? Termina como?
Bom, nesta hora, um ser lá do alto, numa voz de quase trovão ecoa:
“... Não há que desistir...
O tempo, responderá...
(risos)
- Será?