O dia do crime que não cometi...

Essa semana nossa equipe foi procurada pela Madre Teresa de Calcutá que finalmente decidiu nos relatar o que aconteceu naquele que ficou conhecido como o "dia do crime que não cometi" em referência à resposta que a Freira deu quando um repórter lhe perguntou como havia sido o trajeto de casa até o trabalho, feito de ônibus.

Segundo Madre Teresa, era um dia normal, até o momento em que o ônibus parou num engarrafamento causado por uma batida. Após quase meia hora de congestionamento, uma senhora decidiu tomar satisfações com o motorista do ônibus que levava a Irmã.

"A mulher começou a xingar o motorista, a dizer que ele era burro, que não sabia dirigir, que havia tirado a carteira pelo correio, que ele era filho de uma meretriz, fora as outras diversas palavras de baixo escalão, algumas pessoas riram, eu fiquei ali vendo aquela cena deprimente de uma pessoa que não tem a mínima noção da situação em volta de si, até os motoqueiros estavam parados. Não havia como andar, mesmo assim ela continuou presa àquele mundo de gente idiota que não sabe o que diz... alguma coisa dentro de mim não aceitava aquela situação, então pensei... 'se eu jogar meu celular na cabeça dela, dependendo da força empregada ela bate com a cabeça no vidro da janela', isso deverá causar alguma dor e assim essa criatura sem coração parará de encher o saco do pobre motorista que em nada tinha a ver com o problema. Então seria isso, eu tacaria o celular com toda a força do meu ser e sairia correndo do ônibus para o trabalho da madre superiora, pensei até em ir chorando pra minimizar o que eu iria cometer, estava a ponto de cometer tal ato, até que vi uma luz me envolver, e aquela paz divina que tanto busco tomou conta do meu ser. A força foi tão grande que o trânsito foi liberado e conseguimos chegar ao nosso destino e cada um desde então está seguindo seu caminho"

Mulher virtuosa quem a achará? o seu valor excede ao de finas jóias. Provavelmente nesse mundo cruel, se nossa irmã não tivesse controle sobre a situação, hoje, ela não seria mais um ícone de paz e bondade. Pior, estaria sem celular.