- Padre, eu pequei contra Deus e contra os irmãos.
- Quais são os seus pecados, meu filho?
- Ah, padre! Em primeiro lugar eu desejei a mulher do meu vizinho. O pior é que o cara é muito legal, um amigão mesmo. Depois eu pequei contra a castidade; o senhor sabe, eu estava me preservando pro casamento e.... o senhor sabe, né? E depois disso tudo ainda....
Com toda a autoridade que Deus e a igreja lhe conferiram, disse o sacerdote:
- Não, definitivamente não. Vamos por partes, meu filho. Esses dois pecados, que aliás são muito graves, correspondem, na ordem que você confessou, ao sexto e ao nono mandamentos, respectivamente.
- Pois é, padre, estou profundamente arrependido em relação à minha atitude e peço perdão.
- Meu filho, para cada um desses pecados você deve rezar dez ave-marias e dez pai-nossos. Vá em paz e que o Senhor o acompanhe.
- Mas padre, ainda falta um pecado! Posso falar?
- Sim, meu filho, prossiga.
- Como é do seu conhecimento, eu trabalho em uma empresa junto à bolsa de valores. Determinado dia, perdi a cabeça e terminei por dar um grande desfalque no mercado financeiro. É a tal coisa.... bancar uma mulher fina como aquela, só com muita grana. O senhor não acha, padre?
- Ah, meu filho! Esse pecado, que a bem da verdade também é um baita crime, diz respeito ao sétimo mandamento e não adianta você fazer qualquer penitência. Eu acho que nesse caso, nem eu nem mesmo Ele pode interceder.
- Como assim padre? Não entendi.
- Eu aconselho que você confesse o seu crime para as autoridades constituídas: um promotor, a policia, essas coisas, você entende, né? Pensando bem, é melhor deixar a polícia de fora desse assunto, porque atualmente ela está mais para autoridade corrompida do que constituída. Deus que me perdoe por eu falar deste modo; afinal de contas, ainda existem alguns tiras honestos por aí. Bem, de qualquer modo, isto feito, é só aguardar as consequências.
Por outro lado, a despeito da impossibilidade do perdão divino, penso que você possa ser absolvido pelas leis dos Homens.
- O senhor acha mesmo, padre?
- Com certeza filho. No momento, o supremo tribunal de justiça está trabalhando com um pacote promocional e está absolvendo todo mundo. Eu diria que o supremo está mais ”benevolente” do que aquele lá de cima. Vá em paz e que o Senhor o acompanhe.
- Quais são os seus pecados, meu filho?
- Ah, padre! Em primeiro lugar eu desejei a mulher do meu vizinho. O pior é que o cara é muito legal, um amigão mesmo. Depois eu pequei contra a castidade; o senhor sabe, eu estava me preservando pro casamento e.... o senhor sabe, né? E depois disso tudo ainda....
Com toda a autoridade que Deus e a igreja lhe conferiram, disse o sacerdote:
- Não, definitivamente não. Vamos por partes, meu filho. Esses dois pecados, que aliás são muito graves, correspondem, na ordem que você confessou, ao sexto e ao nono mandamentos, respectivamente.
- Pois é, padre, estou profundamente arrependido em relação à minha atitude e peço perdão.
- Meu filho, para cada um desses pecados você deve rezar dez ave-marias e dez pai-nossos. Vá em paz e que o Senhor o acompanhe.
- Mas padre, ainda falta um pecado! Posso falar?
- Sim, meu filho, prossiga.
- Como é do seu conhecimento, eu trabalho em uma empresa junto à bolsa de valores. Determinado dia, perdi a cabeça e terminei por dar um grande desfalque no mercado financeiro. É a tal coisa.... bancar uma mulher fina como aquela, só com muita grana. O senhor não acha, padre?
- Ah, meu filho! Esse pecado, que a bem da verdade também é um baita crime, diz respeito ao sétimo mandamento e não adianta você fazer qualquer penitência. Eu acho que nesse caso, nem eu nem mesmo Ele pode interceder.
- Como assim padre? Não entendi.
- Eu aconselho que você confesse o seu crime para as autoridades constituídas: um promotor, a policia, essas coisas, você entende, né? Pensando bem, é melhor deixar a polícia de fora desse assunto, porque atualmente ela está mais para autoridade corrompida do que constituída. Deus que me perdoe por eu falar deste modo; afinal de contas, ainda existem alguns tiras honestos por aí. Bem, de qualquer modo, isto feito, é só aguardar as consequências.
Por outro lado, a despeito da impossibilidade do perdão divino, penso que você possa ser absolvido pelas leis dos Homens.
- O senhor acha mesmo, padre?
- Com certeza filho. No momento, o supremo tribunal de justiça está trabalhando com um pacote promocional e está absolvendo todo mundo. Eu diria que o supremo está mais ”benevolente” do que aquele lá de cima. Vá em paz e que o Senhor o acompanhe.