O diário de um estudante - O inicio.

Dizem que o essencial é invisível aos olhos, por isto tentarei descrever o indescritível. Momentos ocorridos numa sala de aula, capturados pelas lentes das emoções e guardado no HD dos nossos corações. Não tenho a pretensão de colocar todas estas emoções através dos frios e simples símbolos do alfabeto nem muito menos descrever detalhes por detalhes como um historiador. Mas tentarei ser fiel às imagens filmadas pelos meus olhos e às emoções que elas me causaram de maneira tal que possa ser palpável pelos nossos conscientes.

Hoje é 11 de outubro de 2005, como minha pretensão é descrever o que ocorreu neste ano até aqui e o que irá acontecer até 2007, começarei antes porém fazendo uma volta no passado, mais precisamente no ano de 1995, quando estudei pela ultima vez. Até então, foi um salto enorme de 10 anos no tempo e no espaço, quando caí de para-queda ao lugar onde nunca deveria ter saído _ pelo menos não antes do tempo: na Escola Estadual Luiz de Camões, em fevereiro deste ano quando voltei para terminar o que havia começado, o ensino médio.

Ainda me lembro do primeiro dia, de como eu os olhava e de como eles me olhavam. Percebi naquele momento que iria interferir na biografia de suas vidas, assim como eles na minha. Percebi também que estava entre amigos,entre corações de estudantes e tudo fluiu naturalmente.

Nestes últimos 8 meses aprendemos sobre átomos, origem da vida, gráficos, as leis universais de Newton, homens das cavernas, redações, mundo bipolar, um tal de verbo “can”...

Aconteceram algumas coisas no mínimo intrigantes coma a professora de um dia só, um aluno de uma semana que eu nem vi chamado Maycon, despedida do que não foi, descobri também que a mistura de um professor estressado com uma bola de futebol na mão é um grande perigo.

Tivemos ainda uma eleição censurada por colocar o resultado na porta, falamos de paz através da poesia “nada adiantará”, no dias dos pais transformamos “cheia de mania” em “meu paizão”, desfilamos no dia 7 de setembro com a tecnologia em nossas mãos e um robô exótico na frente, teve campeonato com pênaltis perdidos e medalha de prata feminino, mico no dia das crianças, ainda houve romances, traições e brigas. Mas entre mortos e feridos se salvaram todos.

Antes de terminar esta parte não poderia deixar de relatar o fato mais importante o dia 22 de agosto (o dia do folclore), quando fomos batizado como os pipoqueiros da sala sete ( PS-7 ).

Para saberem com mais detalhes leia também a próxima notícia: “A lenda dos pipoqueiros da sala sete”.

Ricardo Angelo
Enviado por Ricardo Angelo em 13/08/2008
Reeditado em 13/08/2008
Código do texto: T1126229
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