Porque perde tempo?
A vida passa e as coisas estão apenas recomeçando.
Remoendo pedaços de panos, recortando gravuras, tecendo teias a vida
em pedaços, caminha lenta nessa tarde sem sol.
A trilha depositária de folhas secas no chão úmido, empoçada e repleta de lama, a terra batida sem sentido.
Caminho incluindo desejos...
Os tijolos perderam-se no tempo. O morro apenas abre a passagem aos ruídos das búfalas que dão leite. E dele beberemos fazendo queijo e coalhada.
O triste céu nublado satisfaz ao Húngaro que passeia nessa terra apenas gozando de férias. E nós boquiabertos com sua felicidade de templário.
Risos no corpo branco, qual neve a caminho do mar.
Como saber o gosto desse outro?
Apenas dizer sim com os olhos e sorrisos. A boca quase nunca é aberta. Ser de comunicação aparente brinca com o silêncio das palavras nem ditas, e como anúncio, ou por murmúrios, o riacho nascente entre as pedras é mesmo feliz!
E eu, adivinho pensamentos? Porque perder tempo se te amo?