Sandra, Doida e Sã

A minha irmã Sandra

É uma menina diferente

Com ela não tem Terror

Espanta sempre o mau humor

E Provoca o riso na gente.

Quando pequena, era muito exigente

Queria o melhor pra si

A mãe ficava brava

Dizia que precisava,

Ter nascido no Morumbi

Será que a cegonha se enganou ?

Agora eu duvido

O tempo se encarregou

Parece com o pai querido

Era uma menina

Daquelas bem molecas

Nos cabelos não usava tranças

E nem Brincava de Bonecas.

A Sandra foi crescendo

Sempre gostou de causar espanto

Usava blusa estampada

E uma calça bem apertada

Com flor pra todo canto.

Adorava se enfeitar na hora de sair

Os olhos contornar, os cílios esticar

E a boca colorir

O Irmão lhe fazia censura

Veja que bobagem

Pois criticava a pintura

Que caprichou na imagem

Ela não mais se segura

E Borra a maquiagem

Zêlo de irmão

Agora eu entendo.

Naõ queria que chamasse atenção

De alguém muito grudento

Que provocasse o coração

Do irmão tão ciumento.

Sandra não se abalava

Logo se retocava

E arrumava a postura

Saia toda elegante

E a menina extravagante

Fazia boa figura

Sempre confundida nas ruas

Ainda é sucesso por onde anda

Seria Torlone, Elke, Porcina

Ou até Roberta Miranda ??

Ninguém imagina

Como conselheira não tem igual

Se algum amigo lhe procura

Contando-lhe algum mal

Sandra tem sempre a cura

Seu palpite é fatal.

Mas se uma história bem sofrida

Ela lhe dá guarida

Sem pensar nela própria

Com carinho lhe abriga

Pois é quase uma psicóloga

E com um conselho o anima

Se ele quer que ela ajude

Agora com problema de saúde

A Sandra o esquema irá montar

Para em enfermeira se transformar

E uma injeção deverá aplicar

Para o problema amenizar.

Quando o problema é com ela

Sabe que todo mundo tem

Não se abate, não reclama

Sabe que a fé remove montanhas

E sairá dessa também

O Futuro sempre quis saber

Em assunto amoroso

Procurava videntes e cartomantes

Que previram em um instante...

Um rapaz maravilhoso

Quem havia imaginado

Um príncipe encantado

Que não era esperado

Sairia do passado..

Para deixar seu coração

Que já sofreu desilusão

Em ritmo descompassado.

Ela, agora se alegrava

Pois depois de alguns amores

Que não mais lhe importava

Encontrou no Marco Flores

O Amor que procurava

Já é chegada a hora

De fazer a despedida

Fui companheira de quarto

Dessa mulher e menina

Que sempre que precisar

Terá em mim, Uma Amiga

Valéria Narrô
Enviado por Valéria Narrô em 09/08/2008
Código do texto: T1120226