CASOS E ACASOS II

Escrevo de mim porque busco em mim o que eu mesmo não sei.

Não encontro palavras nas horas em que deveria me expressar com maior acidez.

Escrevo eu quando me procuro e não acho resposta para minhas indagações, prevaleço das palavras porque elas são difíceis de se arrumarem.

Os casos e acasos da vida já escrevi e me pego variando e cotradizendo de mim mesma.

Mas quem sou eu? Na viajem que faço são as interogações que me pergunto, vale a pena escrever para quem? para mim mesma?

Viajo na mente perturbada procurando resposta pra tudo não encontrando em minha caixa preta, meu cerébro não acho tais palavras são indecifráveis.

O leitor há de se perguntar, o que esta está querendo dizer? as palavras são poucas pessoas enetender, mastigá-las, degustá-las e saboreando-as percebe no ãmago a questão em pauta.

O escritor se não tiver um pouco de loucura não é escritor, ele mesmo não sabe porque escreve tanto.

Deveras escrever leva o sujeito numa viajem a pensar consigo mesmo, para além da imaginação.

Na veia corre letrinhas que bem articuladas levam-nos a nuvens de lágrimas.

Descobre que a paixão pela letra vai além da alma.

Eu não sou voce, voce não é eu, nós somos quem achamos que somos.