O POETA MUDO

O poeta mudo.

Me calo,quando deveria falar,e escuto quando deveria intervir.Não somos os donos do mundo,não somos os donos nem de nos mesmos,então temos que ouvir para não dizer demais,porque tudo só deve ser feito na hora certa,pois o tempo não caminha para o lado oposto.

A poesia é bela,soada,algumas vezes cantada para melhor representar sua beleza,mais não passa de uma simples poesia quando não é sentida do fundo,daquele sentimento escondido,em um peito de pedra.

Então surge,então se faz,então se cria a poesia muda,vista e sentida em simples atos,em um abraço apertado sem saudade,só rotineiro,em um beijo gostoso,tão bem recebido,quanto dado,em um carinho quente que lhes faz pensar e dormir.Em um calor sentido no peito ao saber que tudo está bem.A poesia muda,não é difícil,pois o difícil é saber que está recitando ou convivendo ela,viva e faça com que vivam,pois a vida é um presente frágio,dada com sabedoria e sem volta,pois aquele que a perde,seja por vontade própria,ou vontade do tempo,sabe muito bem que não terás mais, uma igual aquela,pois cada vida é única,assim como cada sentimento ou atitude.Não basta fazer por fazer,basta querer fazer,então recite poesias mudas por aí,que com certeza não se arrependerás da vida.

Jomar Serpa

GNOMO.

gnomo
Enviado por gnomo em 08/07/2008
Código do texto: T1070025
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