Proteção Virtual.
Manoela cansou do seu interior. Espreguiçou-se. Respirou fundo e com um sorriso saiu para a vida.
Tinha algumas coisas para fazer. Foi ao banco fazer pagamentos e enfrentou filas. Supermercado em dia de promoção, muita gente e mais filas.
Almoçou com amigos, conversou e riu. Durou pouco tempo. No carro sentiu saudade ao ouvir uma música que lembrou alguém. No sinal fechado, depois de muita luta com a bolsa, encontrou o celular que berrava igual a um bebê. Sôfrega atendeu alguém do trabalho que queria um serviço "para ontem".
As buzinas a alertaram. Estava atrapalhando o trânsito. Mudou o rumo e correu para a exigência do dia anterior.
De volta para casa um tráfego infernal. Ao chegar, comeu sua dieta sem graça. Tomou um banho relaxante e se reencontrou consigo própria.
Com uma gostosa camisola, acomodou-se para ver o noticiário da TV e ler alguns jornais apinhados que não lia há alguns dias.
Meu Deus! Estavam jogando crianças pelas janelas dos edifícios. Outras estavam sendo mortas por policiais. Traficantes e o Estado trocavam tiros. A Amazônia corria perigo. Grande parte dos políticos formava quadrilhas e não eram de São João. A natureza também se rebelava em terremotos, com muitos mortos.
Foi quando uma bala perdida a atingiu. Manoela sentiu o projétil penetrando seu peito, mas a ferida não foi fatal. Deu tempo de desligar a TV, jogar os jornais na área de serviços.
Então, preparou um lanchinho. Releu cartas antigas. Chorou de saudade. Sentou diante do monitor e se deixou levar por palavras, promessas e lindas estórias de amor. Escapara naquele dia. Agora se sentia protegida no seu mundo de ilusões.
Evelyne Furtado.
07 de julho de 2008.
Manoela cansou do seu interior. Espreguiçou-se. Respirou fundo e com um sorriso saiu para a vida.
Tinha algumas coisas para fazer. Foi ao banco fazer pagamentos e enfrentou filas. Supermercado em dia de promoção, muita gente e mais filas.
Almoçou com amigos, conversou e riu. Durou pouco tempo. No carro sentiu saudade ao ouvir uma música que lembrou alguém. No sinal fechado, depois de muita luta com a bolsa, encontrou o celular que berrava igual a um bebê. Sôfrega atendeu alguém do trabalho que queria um serviço "para ontem".
As buzinas a alertaram. Estava atrapalhando o trânsito. Mudou o rumo e correu para a exigência do dia anterior.
De volta para casa um tráfego infernal. Ao chegar, comeu sua dieta sem graça. Tomou um banho relaxante e se reencontrou consigo própria.
Com uma gostosa camisola, acomodou-se para ver o noticiário da TV e ler alguns jornais apinhados que não lia há alguns dias.
Meu Deus! Estavam jogando crianças pelas janelas dos edifícios. Outras estavam sendo mortas por policiais. Traficantes e o Estado trocavam tiros. A Amazônia corria perigo. Grande parte dos políticos formava quadrilhas e não eram de São João. A natureza também se rebelava em terremotos, com muitos mortos.
Foi quando uma bala perdida a atingiu. Manoela sentiu o projétil penetrando seu peito, mas a ferida não foi fatal. Deu tempo de desligar a TV, jogar os jornais na área de serviços.
Então, preparou um lanchinho. Releu cartas antigas. Chorou de saudade. Sentou diante do monitor e se deixou levar por palavras, promessas e lindas estórias de amor. Escapara naquele dia. Agora se sentia protegida no seu mundo de ilusões.
Evelyne Furtado.
07 de julho de 2008.