COISA BELA ( Cap. II)

COISA BELA

CAP. II

Oi moço! Me desculpe eu nem me apresentei, desse jeito não estou sendo uma cordial dama. Meu nome é Angélica, mil desculpas por favor, e qual o seu nome?

E eu que já estava todo sem rumo e nem prumo, fiquei mais sem jeito ainda, e meu tímido respondi o meu nome é Augusto Francisco.

Agora tudo bem, já nos conhecemos um pouco um ao outro, você e tão calado, você é feliz?

Com está pergunta eu que julgava saber alguma coisa, fui sentindo o chão sair debaixo de meus pés e por alguns instantes parecia flutuar com a brisa que soprava me transportando para bem longe, nas profundezas de meu oceano longínquo. Porém busquei o ar e esbocei a resposta, sim, acho que sou feliz; ou melhor busco ser feliz. Tenho um nome, vejo algumas coisas sou honesto comigo mesmo.Gosto de viver, mesmo errando, creio que sim.

Neste instante ela me disse, bem firme:

Vejo que você é um homem triste, pois isto é muito pouco para ser feliz ou seja a felicidade, não é só ser honesto consigo mesmo, vai bem mais além. Mais tudo bem, pare o sinal está fechado não tenha pressa já estamos chegando em meu lar, porque se passarmos com o farol aberto corremos o risco de sermos atropelados pelos automóveis. Esta guri é mesmo espoleta, eu que me acho saber de mais, cumpria as regras e tudo mais, e agora me vejo do lado de uma meiga e gentil criança. E o pior estava me dando um banho de vida, não tinha resposta, e ali esperando o farol fechar para os automóveis. Neste instante olhei para o lado e vi algumas pessoas assentadas sobe a varanda da lanchonete, estava almoçando e conversando uns com os outros, parecia tão calmo e saboreava o almoço, fiquei com os olhos fixos e de repente ela puxou a minha blusa vamos meu senhor o sinal abriu para nós passarmos, ta vendo não precisamos correr, agora já podemos atravessar a rua com calma e ir saboreando cada toque de nossos calcanhares sobre o asfalto que está quente.

Nesta hora em que a loucura sempre vence os instantes de lucidez, somente paira dentro de mim a mesma pergunta de outrora, onde estou? O que é isto? Daria tudo para que este edifício, não estivesse tão confuso, já nem sei quem sou. E está criaturinha tão meiga e sábia do meu lado, com este vocabulário tão vasto, sei lá acho que estou entrando em contradição comigo mesmo. E no meio de tanta coisa que passa pela minha mente, ela toma a palavra e diz cuidado com a calçada este piso é escorregadio, todos que não conhece está calçada sempre escorrega. Apenas suspirei e continuamos nossa caminhada em direção ao teu lar, e ela bem do meu lado, toda faceira e cheia de graça, sorria repleta de felicidade transbordando prazer de ser pelos quatros cantos da terra.

NUTE DO QUARA E ARA DO QUARA

Ara do Quara
Enviado por Ara do Quara em 05/07/2008
Reeditado em 05/07/2008
Código do texto: T1065733
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