A HOMERENGA @ (cor)

(corrigido)

Vou iniciar esse conto logo de cara abrindo um parêntese. Primeiro eu deveria ter aberto o dicionário para ver se tem alguma citação, mas como a idéia veio rápida, deixo o detalhe para depois. No caipirês, existe o homen que gosta muito de mulheres e é conhecido como "mulherengo". Agora a mulher que gosta muito, mas muito mesmo de homem como é que fica? “Homemrenga” ou “Homerenga”, acho que vou ficar com a segunda opção, soa melhor.

Havia numa pousada uma mulher baixa, magra, quase esquelética, sempre vestindo uma saia de “hipe” comprida e uma bolsa a tiracolo toda bordada...

- Tenho quatro filhos, tive quatro maridos um filho para cada marido, as duas do meio são gêmeas... Niguem atentou à esse detalhe, como 4 maridos 4 filhos um com cada e do meio gêmeas. Ta sobrando marido, nessa estória. Mais isso é problema dela.

Não raro as reuniões no refeitório da pensão terminava em bom termo, havia os "tititis" , os blábláblás e etc. e tal.

A lotação da casa esgotara-se. Os hóspedes maioria de homens, muito bom para a nossa heroína, que ao ver o galinheiro com tanto galo arregala os olhos falando:

- Maravilha.

Pelo pouco tempo que ela ali estava já havia experimentando todos, com repetida freqüência alternava-os. Com a rotatividade da casa eis que aparece um hóspede novo. Sem perda de tempo ela consegui acesso a um corredor íntimo para vê-lo trocar de roupa. O novato percebendo isso sorriu falando:

- Ta dominado. Dai à frente começaram um idílio, mas como casos de sexo não dura muito ela saiu com essa tirada:

- Ô meu vê se sai um "michê"...Preciso de grana, muita grana afim de me fazer bela.

- O que? ô bagulho, que precisa de "mufufa" sou eu. Não sabe que eu sou o Ricardão? Sou alegria das mulheres mal amadas, mal resolvidas. Sempre delas recebo pagamento por meus excelente serviços.

- Que nada vagabundo, me paga não vem com de mão-de-vaca...

Como a discussão aos berros não acabava, os dois saíram do quarto em direção da recepção.

Lá não tinha ninguém e ela exaltada taca-lhe um estralado tapa na cara. Ele sem titubear, esquecendo as benesses da lei Maria da Penha, dá-lhe bons pescoções, bofetadas, empurrões, jogando na calçada após abrir a porta...

A Homemrenga depois de surrada e com o sumiço de Ricardão, passou na recepção, onde já havia alguém e pediu meio encabulada:

- Fecha a conta...

Goiânia, 26 de junho de 2008.

Jurinha

VIVA SÃO PEDRO

VIVA SÃO JOÃO

jurinha caldas
Enviado por jurinha caldas em 26/06/2008
Reeditado em 30/12/2010
Código do texto: T1053145
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