Barraco, lá morava o cidadão
De cor negra de onde veio não sei, mas o pouco que sei dele que o homem honesto cabra de bom coração. Quando ainda jovem escravo prestou serviço a seus senhores debaixo de chibatada e de ferrão, depois quando se tornou livre continuou sua peregrinação, encostou em uma fazenda onde prestava serviço de sol a sol sem nada em troca cobrar continuava escravo mas uma coisa só ele tinha curtia a vida amava com tamanha audácia, que homens livres não conseguem curtir não.
O homem humilde se tornou símbolo do local e da região por onde passava semeava amor, paz e gratidão, morava em um lugar humilde mas com tanto amor qualquer lugar vira mansão. Depois de tanta andança já velho uma amada arranjou então e ela logo tomou posse se tornou dona e dava ordem de montão, mandava e desmandava com a mesma fúria da senzala do chicote e do ferrão, mas o cabra tinha tanto amor, um amor tão grande que ela sempre tinha seu perdão.
Esse homem era tio Luiz, negro forte e bem fortão um verdadeiro lorde exemplo de vida dono da situação, nasceu, trabalhou com garra de sol a sol teve trégua não, agora já partiu a idade que ele foi ninguém tem noção mas o bom dessa história é que deixou exemplo de amor e dedicação morando ali na beirada do córrego num pequeno barracão, ele já se foi eu corro mundo mas amor como o do tio Luiz aqui na terra ainda não vi outro não.