*ENIGMÁTICO ANFÍBIO BARCO*
Anfíbio e temido barco, vai navegando nas águas lamuriantes nos continentes das impurezas obtusas,
abarcando almas pecaminosas nas ocultas sombras gélidas árduas do arrependimento.
Sem o desperte do além-túmulo pois estão presos ao plano material rebelado na ciência de suas mortes.
Malditos agora perambulam no fogo cruciante, pervertidos no globo terrestre almejam clemência, ao surgir da luz com coral de anjos e trombetas celestiais.
Mas quem são eles?
Se nem o satanás os ambicionam?!
Nada adequado construíram na terra seus poucos amigos não derramaram lágrimas em seus velórios, e sentiram vontade de cuspir
em seus corpos fétidos rejeitados pelos seus próprios vermes.
Tão falsos fieis na fé do apostolado apedrejando sinagogas ferindo judeus, desumanos usurpadores legítimos dos dízimos desconheceram
os insondáveis desígnios do bom Deus.
Mas quem foram eles?
Na lâmina afiada do bisturi, açougueiros do aborto,
abutres dos seus próprios lixos!
Esses ferais dizimaram fetos e mães no hálito operante sublime da vida.
No sangue jorrado nas incisões maquiavélicas fizeram fortunas nadaram em dólares, senhores sem ética não cumpriram, mas sim, desrespeitaram o juramento de Hipócrates no intento maligno.
Isso não são bônus para quem acredita e quer atravessar os límpidos caminhos do empíreo.
a bordo também os arraigados nos remorsos fecundos das libertinagens, com parceria no escarnecer em sodomias, tendo alucinógeno na ponta da agulha ferina veneno injetado em suas veias.
No indigente gueto na pressão social e econômica existentes não suportaram suas refinações diante do espelho, se tornaram suicidas
por achar difícil continuar convivendo com suas aids.
São muitas lacunas presentes no emocional da sociedade, oculto nos lares a síndrome de édipo a primazia velada do filho pela mãe.
além disso a intrincada síndrome de Electra numa ávida assimilação tão completa com a mãe que a filha deseja, inconscientemente eliminá-la e possuir o pai, abordagem abafada pela ética nos divãs dos psicanalistas.
Mas o sangue jorra também pela alameda luxuosa na sede inacabável
de volumosas heranças, muitos filhos de má índole asquerosos desapiedados assassinaram seus progenitores.
No bestial disparate, tão indiferentes com suas estirpes foram ao
cinema e degustaram pipoca no selecionado sabor do bacon.
Assim o anfíbio barco vai navegando ao oceano dos desvirtuados superlotado de pecaminosos, na penalidade existente pois quem
planta vento só abiscoita tempestade.
A preocupação do barqueiro se faz translúcida diante da sua perversidade perpetuada na terra, ele tenta liquidar suas inflações operando o enigmático anfíbio barco.
Mas o rigoroso barqueiro não tem intuição aonde aportar o barco,
para o desembarque de sua tripulação, se as portas do inferno e
do céu para eles estão fechadas!
O barqueiro é corpóreo ou incorpóreo?
Digam-me aonde ancorará esse barco?