JESUS CRISTO – TRIUNFAL VITÓRIA EM JERUSALÉM E NO MUNDO

 

Já era tarde duma longa marcha, estremecida por vários caminhos ínvios e poeirentos, onde o Mestre Jesus já havia percorrido todas as cidades, todas as vilas, todos os vilarejos e aldeias. Já estando na cidade de Jericó, localizada na margem oeste do rio Jordão, olhava incansavelmente os horizontes que refletiam a beleza das palmeiras com o toque leve e suave dos ventos, e não se cansava em nenhum momento de professar a fé, derramando seus milagrosos poderes. Assim, observava Jesus de Nazaré, a grande muralha que fortalecia a cidade por causa das invasões. Ali, encostado ao lado da grande muralha, um mendigo com suas vestes sujas, perguntava às pessoas que passavam apressadas entre o povo.

O pedinte cego implorava, dizendo:

-Por favor! Dizem-me o que está acontecendo?

A correria entre a passagem da entrada de Jericó transmudava o tempo e as horas, e o pedinte agonizava sentado junto a elevação que guarnecia a cidade, quando um menino o responde:

-É Jesus! O Nazareno!

A emoção invadiu o coração daquele pobre homem que vivia nas margens sociais, não podia ver o Mestre, porém, sabia das suas benevolências e curas, ao tempo que sentia sua presença no meio daquela multidão apressada. Não poupou nenhum esforço e dera um brado.

-Jesus! Filho de Davi, tem misericórdia de mim!

E repetia em tom forte.

-Jesus! Filho de Davi, tem misericórdia de mim!

A multidão repassando, não lhes dava nenhuma credibilidade, pessoas astutas e com gracejos, diziam:

-Cala a tua boca, velho que ele nem te escuta.

As lágrimas rolavam daqueles olhos fechados que jamais viram a cor do sol, o brilho das borboletas, e o sorriso de qualquer criança. Desta forma, insistia o mendigo sentado e encostado na muralha de Jericó com as pernas cruzadas, inalando a poeira deixada pelos rastros de tantas pessoas que seguiam o Senhor. Sem se importar, mesmo ainda que tardia, ele gritava e gritava.

--Filho de Davi, tem misericórdia de mim!

--Filho de Davi, tem misericórdia de mim!

--Filho de Davi, tem misericórdia de mim!

O vento naquela hora soprou forte em direção de Jesus, levando entre o meio da multidão a súplica ardente e fervorosa daquele pobre cego. Pois, aquela aglomeração que impedia de se ouvir qualquer chamado, a brisa havia penetrado entre centenas de pessoas que seguiam os passos do Nosso Senhor. Notava-se, a aclamação lagrimosa do ceguinho agonizante em gritar pelo nome do Messias, instantes, em que o fez parar e Jesus olhou para os lados e não viu quem tanto o protestava pelo seu nome. E era naquele local com tantas pessoas ao seu redor, Jesus pediu que trouxessem.

Em poucos minutos, o mendigo era levado à presença do Rei dos Judeus, passando apertado pela multidão, oportunidade em que Jesus lhes perguntou, com sua voz macia e transbordante de sabedoria;

-Que queres que te faça?

Com os prantos derramados pelas pupilas cerradas, o cego pedinte respondeu;

-Senhor, que eu veja.

Jesus, olhando atentamente para o cego, saia de seus olhos um facho luminoso de cor azul, alaranjado e invisível, em forma de finíssimos raios, levantando a sua mão direita mansamente e adornado por aquele coração que batia no resplandecer da misericórdia que nada enxergava, apenas sentia a aderência da sua voz. E Jesus lhes disse:

-Vê; a tua fé te salvou.

Após, pronunciar delicadamente as palavras na condução da súplica, o cego abriu os olhos e viu a face do Filho de Deus e disse:

-Bendito é o nome do Senhor na salvação do mundo! Glória a te Senhor!

As pessoas ao redor, glorificavam o nome do Senhor com vasta aclamação e o Mestre ouvia as glórias despejadas das pupilas abertas daquele mendigo, e de todos os presentes. Dando continuidade na sua caminhada pela travessia da cidade de Jericó, o Mendigo era alvo de todos que fitavam seus olhares no grande milagre e principais testemunhas do Poder de Jesus. O ex-cego com a dádiva recebida, não houve outra maneira de não agradecer, seguindo as pisadas leves e macias dos passos do Homem de Nazaré. E, no entanto, os apóstolos não imaginavam que aquela seria a sua última caminhada rumo a grande cidade de Jerusalém, apesar de ter se reunido antes com os seus doze apóstolos e lhes ter falado sobre sua morte, e nada entenderam.

Adentrando pelo centro de Jericó, e por onde iam passando, suas luzes resplandeciam em seu corpo, traduzindo aos olhares cativos a necessidade empreendida a todos os pedidos e solicitações em curas. Ali, logo adiante na cidade considerada uma das mais velhas do mundo, o Mestre Jesus, descrevia com o tom brando as parábolas aos que lhes acompanhavam, e todos prestavam verdadeiros atos de fé e saciavam a sede e a fome do amor que toda a humanidade sempre precisou. Jericó se transformou naquela manhã, numa grande movimentação de pessoas que escutavam os ensinamentos do Senhor, abrindo o verdadeiro caminho às portas de Jerusalém, seguindo os apóstolos com o Mestre nos cuidados e guardando a preciosidade de todos os temas e lições da vida política, social e fraterna do amor de Cristo.

As mães saiam de suas casas apressadas pela imensa notícia que corriam as ruas estreitas de Jericó, levando suas crianças, velhos, cegos, aleijados, moças e rapazes, pois, todos lembravam das suas passagem pela cidade realizando milagres.

Alguns comentavam pelas ruas.

-Tu vais aonde?

- Vou levar meu filho pra Jesus de Nazaré! Salve! Ele voltou. Há quanto tempo eu espero.

A movimentação do ilustre Mestre se fazia presente numa verdadeira procissão pelas ruas e ruelas de Jericó, atravessando com suas vestes suadas e o cansaço, o suor derramado na face, várias pessoas se aproximavam de Jesus, o Messias para lhes oferecer de tudo, até mesmo as senhoras enxugavam o seu rosto que empreendia uma tristeza que não transparecia aos olhares diversos. Meninos e meninas subiam nos telhados para ver o Mestre cruzar os pequenos logradouros da cidade, e na medida do possível, Jesus continuava a sua trajetória. Logo adiante, um homem com altura de 1.20cm procurava entre a multidão saber quem era Jesus, devido a seu minúsculo tamanho no meio daquela gente, não havia como enxergar o Mestre. Seu nome era Zaqueu, o maior chefe dos republicanos, gozando de uma riqueza ímpar e imensurável, adiantando para um lado e para o outro vai à rua seguinte por onde o Nosso Senhor teria que passar, e subindo numa figueira brava que mal suportava o seu pequeno peso, este procurava melhor ângulo para ver o Nazareno.

Não demorou, a multidão preenchia toda as ruas de Jericó, ficando para trás as poeiras levadas pelo vento com o peso dos pés apressados. E Jesus levanta a cabeça e observando num giro rápido e preciso a visão vai de encontro com o homem que subiu nas galhas da figueira. Então, o Jesus num lance veloz falou alto.

-Zaqueu, desce depressa, porque, hoje, me convém pousar em tua casa.

O homem baixinho se admirou do Nazareno em reconhecer e chamá-lo por seu nome, vez que jamais teria visto Jesus em outra época em suas visitas a Jericó, descendo da árvore atravessou a multidão que abria caminho ao chamado, prontificando com alegria no coração em olhar atentamente, dizendo:

-Senhor! A minha casa está ali, vejas. Ela servirá ao teu encontro junto com teus irmãos.

A multidão incontrolável com várias piadas discordava da presença de Jesus como hóspede na casa de um grande pecador, e este prontificado os pés do senhor, levantou-se e disse:

-Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se em alguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado.

O Senhor, olhando nos olhos de Zaqueu, disse:

-Hoje, veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.

Nota-se que Jesus transformou a vida de Zaqueu na melhor semente do seu reino, enquanto a multidão aguardava o Messias, ao passo que andava e parava para lhes contar as parábolas, e sem demora, eles chegavam na aldeia de Betfagé, e apressando as horas, se dirigem a Betânia, um lugarejo atrás do Monte das Oliveiras distanciando apenas por duas milhas de Jerusalém. Ali no vilarejo, o Mestre queria descansar naquela localidade, onde se achava à vontade, pois era a aldeia de Betânia que Lázaro a quem o amava e que havia há pouco dias havia ressuscitado, de tal modo que Betânia era o centro de fé da proclamação desse milagre, e a procura por Lázaro não paravam. Revendo o amado Lázaro e suas irmãs Maria e Marta não olvidando que eram pessoas especiais para o Nazareno.

Os apóstolos conversavam e se alimentavam na casa das irmãs de Lázaro, atendiam visitantes de outras localidades, inclusive centenas de peregrinos de Jerusalém, enquanto Marta, irmã de Lázaro apresentava um alojamento feito especialmente para Jesus descansar, indo este repousar, momento em que as duas irmãs se retiram e conversam um pouco distante.

-Marta! Não vês o rosto do Senhor? Cansativo e abatido?

-Sim, Eu vejo e sinto que há uma tristeza em seus olhos. Ao abraçá-lo na sua chegada fui tomada de uma grande dor, algo me diz ser a sua última visita em nossa casa.

-É verdade. Também sentir pelas suas palavras e gestos que algo de ruim lhes acontecerá. Marta! O que poderemos fazer pra evitar o pior.


Já era tarde, Jesus acordara e conversara com os apóstolos, com um sorriso largo e brioso afastava dos olhos das irmãs de Lázaro qualquer pressentimento. E dali, Jesus podia ver o Monte das Oliveiras que fazia a entrada primordial a Jerusalém, local onde o Mestre pregava suas orações e ensinamentos. Era ali, o Monte Sagrado em que por várias vezes mantinha a paz, levando sua palavra com o Pai, subindo por muitíssimas vezes naquela serra de onde ele podia descortinar o templo e toda a vista aérea das cidades e aldeias. Era por fim, o Monte das Oliveiras, o lugar em que o Filho do Homem abria o céu como quem rasga com uma espada um vestido para falar e orar as invocações de todas as suas forças e fraquezas como um homem.

Prosseguindo sua viagem, abriu o caminho rumando a Jerusalém para a grande festa da Páscoa, e as pessoas começavam a se ajuntar e acompanhá-lo na sua maior celebridade. Em cada instante, o Homem de Nazaré olhava para trás e sentia a força daquela gente que não se cansava. Ali, estava diante dos seus olhos a sua força divina, a redenção vinda dos olhos do Cristo, o único Filho de Deus feito Homem, que desde o seu nascimento fora procurado e caçado à morte. Caminhando e traçando nos seus passos silenciosos, a multidão não o abandonava, eram milhares e milhares de pessoas das mais distantes regiões da Judéia.

Jesus olhava ao seu redor, descansava e contava suas parábolas, e tantos velhos, crianças, jovens, paralíticos, doentes, cegos e doentes com suas enfermidades, atravessavam o desfiladeiro coberto de pó e areia levantados pelas forças dos pés com as pisadas firmes e certeiras, além, das inúmeras pedras e pedregulhos lançados ao solo. Os apóstolos, seus verdadeiros irmãos na fé, não o deixavam. Entre vários homens fortes que o acompanhavam, estes solicitavam aos apóstolos para carregarem Jesus, vez que os seus pés ardiam no calor intenso, porém, o Filho de Deus renunciava tais ajudas, demonstrando aos presentes que o caminho para a salvação do homem é de sacrifícios e com benevolência. 

Diante daquele desfiladeiro ao lado da serra, era um verdadeiro exército de Cristo, o maior e o mais realista de todo o poder romano na grande Judéia, não havia como contar, não havia como enumerar os gestos humanitários trilhando à Jerusalém. Caminhando, ali passava o Messias, o belo, o magnífico, o misericordioso, o único herdeiro do trono do Rei Davi.

Naquela andança, podia se ver o rosto de Jesus, calmo, sereno, límpido e tranqüilo, e ás vezes preocupado, tendo no seu coração as batidas na cadência do maior cruzador das paixões humanitárias. Jesus sabia que estava chegando a sua maior glória perante o povo e não podia mais evitar a declaração do seu reinado e toda a sua publicidade.

O maior símbolo do homem que já viveu em toda a terra, mesmo que haja algum escritor entre os homens atuais de pouca fé não desfaz a vida e os trajetos de sua personalidade perante os próprios homens, e a sua eternidade jamais serão vencidos por certos escritos e textos que tentam apagar a sua pregação e renascença do amor de Deus feito homem de carne na terra. Empreendendo a dura caminhada sobre os rochedos, o Mestre Jesus incansavelmente não desistia dos objetivos que estavam determinados, apesar de que a tristeza rebatia em sua mente e se espalhava pelos seus olhos ao ver que aquela mesma multidão que o acompanhava na proteção, iria se desfazer entre o poder divino e o poder dos homens. Ao chegar ao alto do Monte das Oliveiras, Jesus sentou-se e os apóstolos procuravam acalmar a grande multidão. Naquele momento, uma fraqueza súbita abateu suas pernas, e o Filho do Homem não desestimulou em nome da glória de Deus e pela misericórdia do seu povo. Aquela grande escolta, sentavam-se nos arvoredos, enquanto Jesus chamava dois discípulos que se apresentavam instantaneamente. Eles perguntavam se prontificando:

-Sim Mestre, em que posso vos servir? 

Jesus ainda cansado olhou em sua volta e lhes disse.

-Ide à aldeia que está defronte de vós; e, logo que ali entrardes, encontrareis preso um jumentinho, sobre o qual ainda não montou homem algum; soltai-o e trazei-mo. E, se alguém vos disser: Porque fazeis isso?, dizei-lhe que o Senhor precisa dele, e logo o deixará trazer para aqui.

A localidade mais próxima de onde o Nazareno se encontrava era a aldeia de Betânia para onde os discípulos rumaram, encontrando preso o jumentinho fora da porta onde passava dois caminhos. O proprietário ao ver os discípulos soltando o seu animal, dissera:

-Que fazeis, soltando o jumentinho?

Eles, porem, disseram-lhes como Jesus lhes tinha mandado; e os deixaram ir.
Eram aproximadamente umas três horas da tarde, quando os dois apóstolos chegaram com o jumentinho no Monte das Oliveiras, e Jesus sabia que estava chegando fortemente a hora determinada, conforme rezava as Escrituras Sagradas. Entretanto, a melancolia e a tristeza insistiam em abranger os seus esforços, sentindo dormência nas pernas, sentou-se no jumentinho que era coberto de uma manta azul com várias estrelas cintilantes na cor de ouro, amontoado por diversas vestes dos apóstolos.

O sol na sua posição declinada ofuscava em tons amarelos e alaranjados na direção de Jerusalém, abrindo com intensidade a trajetória do Rei dos Judeus. E assim, assumiu no seu íntimo e sem querer na sua vontade do seu pai de que já se encontrava preparado para adentrar com sua gente a cidade eterna.

O semblante de Jesus transmitia uma faixa extrema de vivacidades naquele grande cordão humano posicionado à sua frente. As mulheres, homens e anciões preparavam a trilha por onde o maior Homem da humanidade iria passar, jogando no chão, flores, folhas e galhos verdes adornadas nas mais diversas cores. Ali, se encontrava o verdadeiro exército de Deus, a maior escolta do Filho do homem já vista em toda a humanidade. Ressalta-se que nenhum exército por mais armado que existisse na face terrena seria capaz de enfrentá-lo naquela jornada de Deus.

As pessoas, entre as mais diversas que se encontravam, dirigiam-se, descendo o Monte Santo, meninos e meninas subiam nos altos das palmeiras e retiravam suas palhas, outros das árvores e quebravam acompanhado por uma vastíssima multidão, outros cortavam os galhos e faziam belos arranjos de flores. O céu ficou mais azul triunfando no centro a Estrela de Davi, com brilhos nas suas seis pontas que podia se ver de qualquer parte do mundo o seu clarão. Um exército de anjos abria os céus por trás de pequenas nuvens brancas que pareciam com flocos de algodão e suas trombetas na cor de ouro dourado soavam nos quatro cantos de Jerusalém e por toda a Judéia, luzindo a passagem do Messias.

Desta última vez, o Messias iria entrar pelas portas principais da grande Jerusalém como um Rei da mesma maneira em que declarava as Escrituras Sagradas;

“justo e salvo, pobre, e montado sobre um jumento, e sobre um jumentinho, filho de jumenta" (Zacarias 9:9).

E o povo observava o pobre homem Jesus montado em seu jumentinho desfilando em passos mágicos, com uma áurea circular em volta de sua cabeça que banhava os olhares e curvava o pensamento dos poderosos. Era assim, a gigantesca proclamação divina do Rei dos Judeus, Reis de todos os Reis.

A cada centímetro percorrido, o Príncipe cavalgava com maestria encima daquele animal dócil, passando em frente a residência de um cidadão romano muito rico que perseguia Jesus de Nazaré para matá-lo, ao avistar tamanha cobertura de um lençól humano adentrando pela rua principal de Jerusalém, correu ao interior de sua casa, e apanhou vários cordões e pulseiras de ouro, e se apresentou ao Rei dos Judeus, jubilando a sua glória e colocando nas patas do jumentinho, toda a sua riqueza, e dos seus olhos caiam lágrimas. O Messias, Filho de Deus levantava lentamente sua mão direita e estendia em direção ao cidadão romano, bem como os seus olhos agradeciam a jornada de uma multidão de pedidos e curas. Mulheres levantavam seus filhos na presença do Onipotente, outros dos galhos das árvores procuravam insistemente observar a realiza do Filho de Deus. O chão das estreitas ruas de Jerusalem, eram todas coloridas com flores e galhos verdes, até mesmo o Sinédrio e toda a Guarda romana calava-se perante o verdadeiro Filho de Deus que passava tranquilamente naqueles apertados logradouros sendo aclamado como Rei. Logo, podia ser ver os moradores de Betânia, Jericó, e outras aldeias que acrescentavam a glorificação de Jesus na sua humildade.

 

 

 

 

 

O povo judeu tomado de tantas esperanças e sofrimentos, acreditavam que fazendo o Messias Rei dos Judeus pudesse guerrear com os romanos, pudesse impor ordem e expulsar com o seu divino poder as atrocidades cometidas pelas autoridades, dando-lhes a liberdade, a nacionalidade, uma forma de novas políticas sociais. Muitos não acreditavam na divindade de Jesus Cristo, porém, pretendiam ver restaurado os basilares de uma sociedade justa, desnorteando os princípios romanos imposto à aquele povo. Mas, aquele povo judeu não entendeu a sua profecia de fé, achavam que o Messias, o Nazareno, iria tomar o reino e governo, entregando aos povos a liberdade e a graça.

 

Na verdade real, Jesus sabia que não poderia tomar nenhum reino da Judéia, e muito menos impor um reinado ao gosto daquela multidão, vez que o seu reinado transmitia uma profissão de fé  e misericórdia   com justa missão em salvar as almas humanas e ser eternamente o Redentor da humanidade conforme descrito nas palavras das Escrituras. Notadamente, o povo Judeu entendia que fazendo Jesus Cristo o seu Rei, haveria como derrubar os poderes que governavam toda a nação e seus opressores.

Há poucos dias no vilarejo de Betânia, como falei adiante, o Messias havia operado o maior milagre e o mais extraordinário ressuscitando Lázaro da morte há quatro dias duma sepultura. Veja-se que o milagre resultou no mais inesperado assunto de toda a Judéia com testemunhas vista pelo povo.


Vozes ecoavam e folhas das palmeiras e ramos eram lançadas por onde o triunfal Jesus passava e todos exclamavam:

"Hosana ao Filho de Davi; bendito o reino do nosso pai Davi, bendito o Rei de Israel que vem em nome do Senhor. Hosana, paz no céu, e glória nas alturas!"

E todo o povo aclamava como o Rei de Israel, o Messias, o Salvador, oFilho de Davi que reinava sobre as doze tribos de Israel mil anos antes, e Deus havia prometido que dele seria o trono eternamente. Era a maior festividade e a cidade ficou totalmente agitada com o festejo de Jesus, o profeta de Nazaré da Galiléia, o triunfoso para toda a eternidade. Amém.

 

ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 18/03/2008
Reeditado em 22/08/2022
Código do texto: T907025
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