CIDADE DE PALMEIRAS

CIDADE DE PALMEIRAS

Ao longe entre meio as montanhas, fica palmeiras. Terra de gente bonita, acolhedora, onde os azuis dos olhos se confundem com o azul singelo do céu.

A natureza exuberante exibe por toda a montanha o seu charme e encantamento. A

Cada passo á frente, mais maravilhada eu fico, enquanto sensações até então desconhecidas de poder e sedução toma conta do meu coração que insistentemente bate ao compasso da emoção e ainda ao convívio com amigos do peito de longa data e amigos novos. Parece até que estou sonhando.

O dia está nublado, mas é lindo. A noite é morena. Céu carregado onde à lua timidamente se esconde.

Desaba a chuva! No meio da estrada, bem no meio do coração da natureza, estávamos perdidos. Meus amigos e eu, com os pés atolados no barro, numa esperança sem fim, num silêncio total, ouvíamos os pássaros que gorjeavam livremente, saltitantes de galho em galho das árvores que sacudiam felizes, deixando cair no chão suas folhas molhadas pela chuva.

Sensações de medo invadiam o nosso ser, em contato com a escuridão onde a única claridade possível é o brilho das estrelas, das poucas que ainda apareciam naquele céu cinza.

O pânico durou pouco, até que de repente um anjo surgiu: o anjo da estrada que não tinha asas nem coroinha, mas voou até nós, batendo suas asas imaginárias, Guindo-nos silenciosamente para o paraíso de Palmeiras,

Onde não falta chuva,

Não falta o sol,

Onde é só levantar a mão,

E colher o fruto da imaginação.

Adocicado que brota dessa terra.

Onde no meio da montanha, o céu é verde. Natureza perpétua, sempre em festa, que nunca reclama daquele que a ama.

A paisagem é invicta, selvagem, suave aroma de frescor. “Entre caminhos estreitos, deslizando os pés em folhagens, lindas e floridas, capim rasteiro, está o coração mágico da natureza mãe, que parece chorar abundantemente, transbordando do alto da montanha, aconchegando-se rente ás planícies, formam lençóis d” água.

Que água é esta que desce do céu verde, que hipnotiza os meus olhos?

- É a água da vida que me chama. Os meus olhos ainda não crêem no que vêem e os meus ouvidos, indiferentes ao barulho forte que parecia dizer:

-Vêm... Vêm...

Fechei os meus olhos e senti que meu corpo arfava de suor, numa intolerável tarde de calor. Foi como se eu tivesse perdido os sentidos e

Quando voltei desce martírio maravilhoso,

Lá estava eu banhado-me nas águas frescas da cachoeira de Palmeiras. –

Marli Caldeira Melris
Enviado por Marli Caldeira Melris em 11/02/2008
Reeditado em 12/07/2015
Código do texto: T855508
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