O AMOR D(ELA)
… ultimamente (ela) estava tão indiferente que chegava a doer nele. Com meia hora de atraso, (ela) chegou. Ele, entretanto, já estava conformado de que ficaria só em breve. (Ela) olhou e disse que já ia. Ele realmente não ia insistir, mas acabou pedindo-(lhe) que ficasse mais um pouco. (Ela) aceitou, mas seriam resumidos minutos. Certo momento ele tentou beijá-(la), mas foi repudiado, porque só quem estava ali era um corpo, concreto demais para o que (ela) desejava. Mas não, ele também tem sentimentos e sofre com (sua) frieza. Então ele (a) beijou como jamais havia beijado. Era tudo verdadeiro. E o beijo ferveu. (Ela) já não respirava, todo o ar que houvesse no planeta seria insuficiente. Tirou (sua) roupa… despiu-se também, pois queria sentir o suor d(ela) se misturar ao seu. “(Eu) te amo!”. Estava beijando (seu) pescoço quando ouviu essas palavras que transformam tudo e abrem caminho para o céu. Estavam nus, olhos nos olhos, (ela) deitada sobre seu amado, quando o relógio (a) condenou… (Ela) (se) foi, após vestir-(se).