O dia fora muito quente, a temperatura subira tanto que no apartamento climatizado de Gregory o termostato marcava 42 graus, atormentava ali permanecer. O consumo de gelo, sorvete, refrigerante e tudo de glacial que lá havia fora consumido. Ele raciocinou, o que fazer, sair à rua era impossível, a sensação térmica deveria estar em torno de 45 ou 46 graus e corria o risco de nada encontrar para comprar, os estoques deveriam ter desaparecidos dos "freesers". Aguardaria o anoitecer quando, possivelmente, os termômetros diminuiriam a temperatura, era uma questão de paciência. Gregory não sabia o que fazer, deitar em sua cama para ler tornava-se impraticável, sentar-se nas poltronas de veludo, tentando ver a TV seria uma temeridade, resolveu se deitar no chão de granito, seria um pouco mais ameno o calor. A impaciência o fez se levantar, inúmeras vezes, até que a noite veio chegando e com ela a resignação. Nada adiantara, o ambiente continuava idêntico ao que fora de dia ou até se podia sentir que a massa quente aumentara.
Resolveu ficar na varanda, a brisa que correria diminuiria o mal estar e sua vista divisaria outros horizontes, acompanharia os transeuntes se deslocando de um lado a outro, em alucinado devaneio, o que estaria acontecendo com a "fornalha" inacreditável. Uns já sem camisa e apenas de "sunga" ou curta bermuda, tentado amenizar o calor reinante.
No balcão da varanda, frente para o mar, começou a divisar um clarão distante, ficou a pensar que começava a ter alucinações derivadas do forte calor. A claridade intensa da luz, bem distante, começou a se definir, uma espécie de bola incandescente, parecia transmitir calor e luz brilhante, estaria vendo um barco potente, um navio de turismo, que para chamar bem atenção tem todas suas luzes acessas, embarcação de guerra, injustificável o mundo não estava em beligerância internacional, e a energia que dela se desprendia, produzindo a elevação da temperatura. Correu ao interior do apartamento para apanhar uma potente luneta, quando retornou à varanda teve a certeza que estava mais próxima quando dali sairá, resolveu tomar outra providência para certificar-se, telefonou direto ao Observatório Nacional, várias vezes tentou sem conseguir comunicar-se, havia uma sobrecarga de telefonemas, tal dava a certeza que a curiosidade era generalizada.
Descer do edifício e comentar na rua ficaria na situação de toda a população, não suportaria a elevada temperatura, telefonou para a Portaria e ouviu do Porteiro uma surpreendente revelação, aqui nas imediações é voz corrente que é um planeta está se aproximando da terra, outros dizem que é uma nave espacial vinda de outra galáxia. Tentou, outra vez, o Observatório Nacional, conseguiu completar a ligação, a simples telefonista local, recebera ordem de dar à mesma informação a todos que falassem: NÃO SABEMOS O QUE É, TODOS OS CIENTISTAS ESTÃO REUNIDOS COM MEMBROS DAS FORÇAS ARMADAS, A FIM DE DEFINIREM O FENÔMENO, e desligou.
O Porteiro do Edifício se comunicava com os moradores e, finalmente, chegou à vez de Gregory, de recebe uma instrução, a Polícia e o Corpo de Bombeiros recomendaram que todos abandonem o prédio e se dirijam para a praia, onde já se encontra toda a população é quase certo ser uma nave espacial tripulada. Pessoas viram seres incandescente, de altura elevada na areia, observando, sem manter contato com ninguém.
O calor já se tornara insuportável, comparava-se como se todos estivessem dentro de um forno de elevada temperatura.
Gregory como tinha de deixar mesmo o apartamento, apanhou umas garrafas de água que colocara no congelador, depositando-as numa sacola de mão; de camiseta, bermuda, de tênis, foi em direção à praia, a multidão se acotovelava nas ruas, onde já não mais existiam veículos ou os que estavam permaneceram parados em qualquer lugar, sem passageiros e motoristas.
Foi sorvendo a água ainda petrificada nas garrafas e todos os circunstantes surpreendidos da previdência que ele adotara, lhe pediam para beber um pouco do líquido.
Na areia não conseguia mais lugar para permanecer em pé, tal o volume de pessoas. No asfalto impossível permanecer, pois começava a derreter-se. Com muito custo conseguiu um lugar para ficar. As arvores estavam todas ocupadas, a impressão que dava eram macacos seguros nos galhos. A polícia, soldados das forças armadas, bombeiros e enfermeiros tentavam harmonizar a situação. Eis que aparece um gigante de cerca de 2 metros e meio, fisionomia horrenda, da cor de bronze, sem cabelos, pés gigantes e uma roupa que dava a impressão ser de uma pele acetinada brilhante bronzeada. Vê Gregory com as garrafas apanha logo duas, absorve a primeira num jato só e continua com a outra embaixo de uma espécie de braço, sem dedos, apenas uma palma de mão. Aponta em direção à luz parada a uma altura de 500 metros, volta-se sua fantasmagórica visão para uma lâmpada do poste ainda acessa.
Fica a admirar dois cachorros e uma criança de pouco mais de cinco anos, querendo com ela se comunicar. Os três causavam espanto em sua idéia seriam seres diferentes da terra.
Um sujeito trepado numa das arvores dá logo nome ao gigante, para ele seria um animal e o chama de “Bufalocéu”, todos começaram a inventar apelidos, mas o que pegou mesmo foi “XBUFALOCEU”. Não demorou muito surge outro, um pouco menor, cerca de dois metros, feições diferenciadas, parecia ser de outro sexo, menos abrutalhado. Não é que tivesse cabelos, mas umas penugens curtas, semelhantes aos cabelos de bonecas. Os trajes idênticos ao de XBUFALOCEU, como se fosse um macacão por inteiro que alcançava as patas, porque não eram pés. Parado estava, parado ficou, parecia ser de outro sexo pela admiração que passou a ter das mulheres que estavam na praia, também vestiam roupas mínimas, biquínis ou tangas, em face do calor predominante, não porque fossem entrar nas águas do mar. O povo começou a chamar de “YGELE”. Não transmitiam sons, ou melhor, não se falavam entre si, que os humanos pudessem entender. Se comunicação havia entre eles, ocorriam por um sistema de ondas sonoras, via um aparelho pendurado entre o tronco e a possível cabeça.
Todas as observações registradas acima ocorreram em frações de minutos. Causara maior efeito, como um sinal misterioso, onde passavam a areia ficava incandescente, em brasa.
Os dois, xbufalocéu e ygele, demonstravam que estavam à procura de alguma coisa ou a pesquisar as coisas existentes na terra. Deles se aproximara três oficiais, um de cada arma: exército; marinha e aeronáutica; juntamente acompanhado de dois possíveis cientistas, identificados pela roupa que usavam na ocasião. Pretenderam se comunicar por sinais, que não surtiram efeitos; traziam uma espécie de cartolina branca desenhada e a exibiram aos estranhos seres, também de resultado nulo. Até que em instantes o aparelho que os extra-humanos traziam pendurados começou a emitir sinais com luzes e sons desconhecidos, parecendo querer interpretar o que a comissão de humanos falava. E, quase de imediato, o som transmitiu em inglês a resposta daquilo que desejavam ser entendidos, a versão fora instantânea.
Os dois cientistas civis compreenderam a reprodução do aparelho, ambos tinham a missão de examinarem a terra e conseguirem matéria essencial para seu planeta, especialmente determinado gás, desconhecido dos terráqueos que neutralizasse a ação do sol e uma espécie de água, certo líquido indispensável à sobrevivência dos seus habitantes. Foram cautelosos ao declararem que não tinham propósitos de conquistas, nem manter atritos com a terra, por eles chamados de fertilizador do sistema. Essa idéia foi ampliada quando alegaram que ao fertilizador competia auxiliar todas as galáxias e os planetas que envolviam o universo. Demonstraram estar sentindo frio, apesar do calor que estava ocorrendo. Sobre suas peles colocaram uma outra, mais espessa. O sinal informou que o mais alto poderia na terra ser chamado de TOR, que queria dizer comunicador e a mais baixa, não era apenas mulher, como se pensava e sim possuía os dois sexos, passaria a ter o nome de KORQ, assim denominada pelos conhecimentos científico daquilo que tentariam encontrar na terra.
Esclareceram, tudo pelo sinalizador, que no planeta de onde provinham eles não eram identificados por nomes e sim por símbolos, deixando de apresentá-los por serem difíceis do entendimento dos terráqueos.
Os oficiais generais das três armas desejaram saber como chegaram até a terra e se deslocaram dali para a praia. Custaram a entender a pergunta, por acreditarem que tivessem visto. Explicaram: nós não podemos aproximar nossos engenhos espaciais da terra, causariam imenso calor, em razão das irradiações que transmitem, tornariam insuportáveis. Somos lançados do planeta com roupas apropriadas nas águas do mar, não sabemos nadar como dizem, temos umas “bóias” que nos fazem manter e deslizar na superfície. Depois de serem usadas são absorvidas pelo planeta. Os militares voltaram a perguntar : “Se encontrarem as substâncias que procuram, como transportariam para o planeta”? O sinalizador desceu a detalhes, devemos ter cerca de mil dos nossos aqui na terra há mais de dois anos, pesquisando onde podem ser encontrados os matérias que viemos buscar. Referiram-se à água-pesada (considerado um material atômico) e cassiterita (utilizado nas fundições de bronze e alumínio).
O segundo poderia ser encontrado em Rondônia, local em que havia grande extração, porque naquela pedra, em seu interior, havia turmalina.
Os cientistas e militares se surpreenderam pelo interesse dos alienistas, a não ser o elemento atômico, por que o desejo na turmalina?
A missão avançou nas perguntas, onde poderiam ser encontrados os mil seres que já se encontravam na terra. O sinalizador repetiu a pergunta para se fixar na resposta, pois seus dirigentes ficaram surpresos de desconhecerem o paradeiro deles.
O sinalizador de KORQ, favorecendo dar conhecimento à missão da terra e evitando, com isso, a idéia de conquista ou sua ocupação, deu informação do que poderia ser conhecida como ÁGUA PESADA ou DEUTÉRIO, que poderia ser achados em qualquer fonte de água, na proporção de 1 átomo corresponder a 6.760 átomos de hidrogênio simples. O deutério tem utilização nos principais reatores nucleares, desacelera os nêutrons liberados, impedem reações em cadeias. Utiliza-se também em reatores que usam urânio natural. O DEUTÉRIO não se diferencia da água natural, mas não podem ser bebidos ou usados para cozinhar, pois a fisiologia é diferente um do outro.
Quanto à cassiterita não esclareceram a finalidade a ser utilizada, estabelecendo maiores dúvidas nos membros da comissão brasileira, encarregada de manter entendimentos com os estranhos seres. Na terra o uso mais comum era na confecção de jóias de pequeno valor, por não serem consideradas pedras preciosas.
O que causava indiscrição acentuada seria saber-se onde poderiam estar mais de 1.000 espécimes de conformação distintas espalhados em nosso planeta, fáceis de serem identificados, quando repentinamente os dois, TOR e KORQ, sumiram sem deixar vestígios, apenas às marcas do solo cauterizado. Entretanto, o sinalizador assinalou que eles detinham poderes de se tornarem invisíveis, assim o fizeram em razão do aglomerado de terráqueos em torno deles, causando-lhes terror que pudessem ser atacados.
A temperatura já estava mais amena, em face do sumiço dos dois, e principalmente porque já não se avistava o planeta tão próximo da terra, simplesmente como o brilho de uma estrela distante.
TOR E KORQ bebiam tanta água que não havia nas proximidades quantidade que os satisfizessem, porém continuavam a sentir frio, com o sol a brilhar forte a uma temperatura de 39 a 40 graus. A comissão, de cientistas e militares, resolveu solicitar pelo rádio um caminhão-pipa de água para atender a sede manifestada dos alienígenas.
Os jornais começaram a divulgar as notícias mais desencontradas; em maior número que os seres de outro planeta, haviam desembarcado na areias de Copacabana no Rio de Janeiro, um verdadeiro exército com armamentos desconhecidos e nucleares. As guarnições do Exercito, Marinha e Aeronáutica estavam se deslocando para o local, mas os respectivos comandos constaram que seria impossível conter os invasores, em razão do contingente do planeta como das armas sofisticadas que dispunham. A população que permanecia na praia começou a entrar em pânico, corria de um lado para o outro, sem destino e orientação, espalhou-se o boato que eles estavam invisíveis, entrelaçado no meio do povo. Além da confusão reinante, havia uma desconfiança geral, para neutralizar esse procedimento começaram a dar as mãos uns aos outros e procuravam conversar em vozes altas, desligando-se os aparelhos de som e telefones celulares, que de um momento para outro deixaram de funcionar. Os altos comandos traçaram uma rápida estratégia, visando acalmar a população, como neutralizar possíveis ações dos extraterrestres.
Os cientistas e astrônomos presentes já falavam que o planeta era Júpiter, que não se encontrava no seu lugar habitual e os maiores observatórios astronômicos do país, através dos seus poderosos telescópios haviam verificado o deslocamento daquele planeta.
O povo presente nas areias começa a aumentar sua ansiedade e inquietação, pior era o som produzido do sinalizador que recomendava calma e nada temessem, porque nada aconteceria, não haveria nenhuma invasão, a terra permaneceria como se encontrava, mas o som era em inglês e poucos entendiam, a repercussão tornara-se maior, porque achavam estranha a origem da linguagem dos beligerantes. Os poucos tradutores não davam explicações idênticas uns aos outros, interpretavam diferentemente o que o sinalizador irradiava. As forças armadas pelas unidades presentes começaram a instalar autos falantes, que orientavam a população procurando acalmar.
As grandes cadeias de rádio e televisão, inclusive as representantes americanas, alemães, francesas e russas juntaram-se às nacionais para transmitirem do local, praia de Copacabana, ligadas a Ipanema e Leblon, os acontecimentos. Os reportes informavam que as missões não seriam pacíficas.
Inacreditável virem à terra em busca de turmalinas, no estado primitivo, nos núcleos das cassiteritas, e água pesada. Os oficiais generais determinaram aos seus comandados superiores, que formassem uma companhia, preferencialmente de tropa especializada e treinada nesse tipo de ação, e efetivassem uma busca na região visando encontrar TOR e KORQ, que ainda se mantinham invisíveis. A providência seria difícil de ser cumprida porque os sons das rádios que ali se encontravam não conseguiam transmitir, o mesmo fenômeno acontecia com as TVs, que somente mandavam imagens sem áudio.
Nesse momento ouviu-se do sinalizador de TOR que fosse facilitado o trabalho dos dois, uma vez que estavam com problemas de ingestão de ar e a invisibilidade dificultava ainda suas atividades, pela utilização de um gás inodoro, mas que atacava seus organismos, dada a baixa temperatura reinante, cerca de 40 graus, que no seu planeta tolerável era de 55° graus, o aparelho de som esclarecia, por outro lado, que KORQ estava se medicando, por não ter suportado à temperatura ambiente, logo que se recuperasse detalharia a razão do interesse pela turmalina, também encontrada na África, onde normalmente se abasteciam.
Voltava o pensamento como transportariam aquelas matérias, dos locais onde se encontravam até a possível nave que conduziria ao planeta Júpiter. Eles já tinham tudo devidamente planejado, sendo que o embarque dar-se-ia no meio do oceano. Para extração usariam ferramentas próprias, que usualmente empregavam na África.
KORQ se restabelecera e usava outro agasalho, visível, cheios de válvulas e bombas, equilibrador de temperaturas, conseguia caminhar entre a população até a barraca em que estavam os cientistas e generais das três armas, acompanhados de assessores técnicos. Não demorou em expor a missão e as razões principais do interesse pela turmalina. O aparelho que servia de interprete e informante começou dizendo que o Planeta Júpiter estava mais próximo do sol que os demais, mantinham o sistema ambiente e a temperatura que seus ocupantes viviam. Os reflexos dos raios do sol incidiam em Júpiter, dando-lhe luz própria durante o dia, perdida quando o sol dele se afastava. Esse desequilíbrio era superado pelo aquecimento da turmalina e a combustão da cassiterita, que armazenava a pedra semi-preciosa. Essa por sua vez, absorvia o calor do sol e seus reflexos mantinham iluminado o planeta no ocaso.
Dentro do raciocínio, o planeta Júpiter tinha sua órbita em torno do sol, dele dependia para sobreviver, não só pela luminosidade, mas principalmente em razão da irradiação do calor. Seus habitantes eram adaptados para suportar a intensa temperatura, daí decorria sua constituição física. Dependiam da riqueza da terra, nela se abasteciam para sobreviverem e entendiam que este planeta estava na obrigação de socorre-lo.
A turmalina que aqui não representava valor significativo, para Júpiter tornava-se essencial à iluminação, graças ao reflexo do sol sobre ela. O transporte, um tanto complexo, dependia do armazenamento em bolsões colocados em naves espaciais invisíveis, que amerissavam nos oceanos distantes das costas, no interior, com pás cinemáticas, aparentemente sem movimentos de forças mecânicas. Talvez a maior dificuldade decorria de levar das minas onde as cassiteritas eram extraídas até os locais de embarques.
Os dirigentes de Júpiter que se relacionavam com os proprietários das minas não recebiam moedas correntes pelo fornecimento e sim suas contas bancárias aumentavam a proporção das extrações, acreditavam os vendedores e a própria Receita Federal que esses valores fossem depositados pelos seres que viviam na terra, já transformados em terráqueos.
A temperatura na terra estava voltando ao normal, própria do verão carioca. A multidão aglomerada inicialmente na praia retornava aos seus lares. Os dois habitantes de Júpiter foram conduzidos de helicópteros, primeiro à base aérea e depois transportados de avião para Rondônia. Pediram para ver á base de discos voadores em Alto Paraíso, no .Estado de Goiás, que tinham conhecimento da existência. Fizeram algumas perguntas, tudo em inglês e por intermédio do sinalizador, desejosos estavam em saber quantos discos voadores ali estiveram e de onde provinham. TOR e KORQ demonstravam certa intranqüilidade, poderiam ser perigosos, passíveis de serem invasores. Proclamavam, entretanto, que em Júpiter não chegariam face aproximação do sol, que elevava a temperatura do seu planeta, a não ser que criassem equipamentos suportáveis ao calor. O próprio disco se fundiria ao descer no planeta. Eles, provavelmente provinham de Marte, que não dispunha de matéria prima capaz de suportar a intempérie ali reinante.
Em Rondônia preferiram se dirigir há determinadas pessoas, que inclusive, estranhamente, já os aguardavam, trocaram palavras não através do sinalizador e sim diretamente de suas falas, incompreensíveis, os sons diferenciavam das nossas pronúncias. Acertaram o transporte das matérias primas até ao litoral, nas praias nordestinas, bem assim o armazenamento, dias e horários. Aos dois, TOR e KORQ, foram apresentados seres humanos, que também dominavam os idiomas que falavam. Houve, nitidamente, uma manifestação de bem-estar entre todos. KORQ se sobressaia mais que TOR, poderia ser considerada na conceituação dos habitantes da terra como mais assanhada, pelo comportamento junto a homens e mulheres. Entregava-se a afetuosos abraços, que poderiam ser tomados como atrações sexuais e foi com cinco ou seis humanos para uma barraca sofisticada instalada na localidade. Não houve quem não ouvissem uivos alucinantes, causadores de impressões estranhas, semelhantes aos momentos de prazer quando dois seres se uniam na prática sexual. Usava roupas apropriadas para esse mister e fornecedoras de calor apropriado ao seu corpo.
TOR tinha um comportamento mais discreto, entretanto, não deixava passar a oportunidade e apreciar mulheres brancas que ali estavam.
O embarque da cassiterita ocorreu com a proteção das forças armadas e em dia que o planeta Júpiter deixou sua órbita órbita no espaço, deslocando-se em direção à terra.
A água pesada saiu de Poços de Caldas, no Estado de Minas Gerais, também cercada de segurança dos contingentes do exército, seriam radioativas.
Os mesmos fenômenos sentidos pelos cariocas, de sensação do aumento térmico, o povo nordestino, localizado no litoral,
também experimentou, com maior intensidade que comumente, pela aproximação de Júpiter.
A mídia estrangeira e nacional começara a divulgar as notícias, sem mais alardes, ao contrário davam idéias que a convivência com Júpiter era pacífica e no entender desse planeta, a terra estaria obrigada a fornecer os elementos indispensáveis à sobrevivência de seus habitantes.
Resolveu ficar na varanda, a brisa que correria diminuiria o mal estar e sua vista divisaria outros horizontes, acompanharia os transeuntes se deslocando de um lado a outro, em alucinado devaneio, o que estaria acontecendo com a "fornalha" inacreditável. Uns já sem camisa e apenas de "sunga" ou curta bermuda, tentado amenizar o calor reinante.
No balcão da varanda, frente para o mar, começou a divisar um clarão distante, ficou a pensar que começava a ter alucinações derivadas do forte calor. A claridade intensa da luz, bem distante, começou a se definir, uma espécie de bola incandescente, parecia transmitir calor e luz brilhante, estaria vendo um barco potente, um navio de turismo, que para chamar bem atenção tem todas suas luzes acessas, embarcação de guerra, injustificável o mundo não estava em beligerância internacional, e a energia que dela se desprendia, produzindo a elevação da temperatura. Correu ao interior do apartamento para apanhar uma potente luneta, quando retornou à varanda teve a certeza que estava mais próxima quando dali sairá, resolveu tomar outra providência para certificar-se, telefonou direto ao Observatório Nacional, várias vezes tentou sem conseguir comunicar-se, havia uma sobrecarga de telefonemas, tal dava a certeza que a curiosidade era generalizada.
Descer do edifício e comentar na rua ficaria na situação de toda a população, não suportaria a elevada temperatura, telefonou para a Portaria e ouviu do Porteiro uma surpreendente revelação, aqui nas imediações é voz corrente que é um planeta está se aproximando da terra, outros dizem que é uma nave espacial vinda de outra galáxia. Tentou, outra vez, o Observatório Nacional, conseguiu completar a ligação, a simples telefonista local, recebera ordem de dar à mesma informação a todos que falassem: NÃO SABEMOS O QUE É, TODOS OS CIENTISTAS ESTÃO REUNIDOS COM MEMBROS DAS FORÇAS ARMADAS, A FIM DE DEFINIREM O FENÔMENO, e desligou.
O Porteiro do Edifício se comunicava com os moradores e, finalmente, chegou à vez de Gregory, de recebe uma instrução, a Polícia e o Corpo de Bombeiros recomendaram que todos abandonem o prédio e se dirijam para a praia, onde já se encontra toda a população é quase certo ser uma nave espacial tripulada. Pessoas viram seres incandescente, de altura elevada na areia, observando, sem manter contato com ninguém.
O calor já se tornara insuportável, comparava-se como se todos estivessem dentro de um forno de elevada temperatura.
Gregory como tinha de deixar mesmo o apartamento, apanhou umas garrafas de água que colocara no congelador, depositando-as numa sacola de mão; de camiseta, bermuda, de tênis, foi em direção à praia, a multidão se acotovelava nas ruas, onde já não mais existiam veículos ou os que estavam permaneceram parados em qualquer lugar, sem passageiros e motoristas.
Foi sorvendo a água ainda petrificada nas garrafas e todos os circunstantes surpreendidos da previdência que ele adotara, lhe pediam para beber um pouco do líquido.
Na areia não conseguia mais lugar para permanecer em pé, tal o volume de pessoas. No asfalto impossível permanecer, pois começava a derreter-se. Com muito custo conseguiu um lugar para ficar. As arvores estavam todas ocupadas, a impressão que dava eram macacos seguros nos galhos. A polícia, soldados das forças armadas, bombeiros e enfermeiros tentavam harmonizar a situação. Eis que aparece um gigante de cerca de 2 metros e meio, fisionomia horrenda, da cor de bronze, sem cabelos, pés gigantes e uma roupa que dava a impressão ser de uma pele acetinada brilhante bronzeada. Vê Gregory com as garrafas apanha logo duas, absorve a primeira num jato só e continua com a outra embaixo de uma espécie de braço, sem dedos, apenas uma palma de mão. Aponta em direção à luz parada a uma altura de 500 metros, volta-se sua fantasmagórica visão para uma lâmpada do poste ainda acessa.
Fica a admirar dois cachorros e uma criança de pouco mais de cinco anos, querendo com ela se comunicar. Os três causavam espanto em sua idéia seriam seres diferentes da terra.
Um sujeito trepado numa das arvores dá logo nome ao gigante, para ele seria um animal e o chama de “Bufalocéu”, todos começaram a inventar apelidos, mas o que pegou mesmo foi “XBUFALOCEU”. Não demorou muito surge outro, um pouco menor, cerca de dois metros, feições diferenciadas, parecia ser de outro sexo, menos abrutalhado. Não é que tivesse cabelos, mas umas penugens curtas, semelhantes aos cabelos de bonecas. Os trajes idênticos ao de XBUFALOCEU, como se fosse um macacão por inteiro que alcançava as patas, porque não eram pés. Parado estava, parado ficou, parecia ser de outro sexo pela admiração que passou a ter das mulheres que estavam na praia, também vestiam roupas mínimas, biquínis ou tangas, em face do calor predominante, não porque fossem entrar nas águas do mar. O povo começou a chamar de “YGELE”. Não transmitiam sons, ou melhor, não se falavam entre si, que os humanos pudessem entender. Se comunicação havia entre eles, ocorriam por um sistema de ondas sonoras, via um aparelho pendurado entre o tronco e a possível cabeça.
Todas as observações registradas acima ocorreram em frações de minutos. Causara maior efeito, como um sinal misterioso, onde passavam a areia ficava incandescente, em brasa.
Os dois, xbufalocéu e ygele, demonstravam que estavam à procura de alguma coisa ou a pesquisar as coisas existentes na terra. Deles se aproximara três oficiais, um de cada arma: exército; marinha e aeronáutica; juntamente acompanhado de dois possíveis cientistas, identificados pela roupa que usavam na ocasião. Pretenderam se comunicar por sinais, que não surtiram efeitos; traziam uma espécie de cartolina branca desenhada e a exibiram aos estranhos seres, também de resultado nulo. Até que em instantes o aparelho que os extra-humanos traziam pendurados começou a emitir sinais com luzes e sons desconhecidos, parecendo querer interpretar o que a comissão de humanos falava. E, quase de imediato, o som transmitiu em inglês a resposta daquilo que desejavam ser entendidos, a versão fora instantânea.
Os dois cientistas civis compreenderam a reprodução do aparelho, ambos tinham a missão de examinarem a terra e conseguirem matéria essencial para seu planeta, especialmente determinado gás, desconhecido dos terráqueos que neutralizasse a ação do sol e uma espécie de água, certo líquido indispensável à sobrevivência dos seus habitantes. Foram cautelosos ao declararem que não tinham propósitos de conquistas, nem manter atritos com a terra, por eles chamados de fertilizador do sistema. Essa idéia foi ampliada quando alegaram que ao fertilizador competia auxiliar todas as galáxias e os planetas que envolviam o universo. Demonstraram estar sentindo frio, apesar do calor que estava ocorrendo. Sobre suas peles colocaram uma outra, mais espessa. O sinal informou que o mais alto poderia na terra ser chamado de TOR, que queria dizer comunicador e a mais baixa, não era apenas mulher, como se pensava e sim possuía os dois sexos, passaria a ter o nome de KORQ, assim denominada pelos conhecimentos científico daquilo que tentariam encontrar na terra.
Esclareceram, tudo pelo sinalizador, que no planeta de onde provinham eles não eram identificados por nomes e sim por símbolos, deixando de apresentá-los por serem difíceis do entendimento dos terráqueos.
Os oficiais generais das três armas desejaram saber como chegaram até a terra e se deslocaram dali para a praia. Custaram a entender a pergunta, por acreditarem que tivessem visto. Explicaram: nós não podemos aproximar nossos engenhos espaciais da terra, causariam imenso calor, em razão das irradiações que transmitem, tornariam insuportáveis. Somos lançados do planeta com roupas apropriadas nas águas do mar, não sabemos nadar como dizem, temos umas “bóias” que nos fazem manter e deslizar na superfície. Depois de serem usadas são absorvidas pelo planeta. Os militares voltaram a perguntar : “Se encontrarem as substâncias que procuram, como transportariam para o planeta”? O sinalizador desceu a detalhes, devemos ter cerca de mil dos nossos aqui na terra há mais de dois anos, pesquisando onde podem ser encontrados os matérias que viemos buscar. Referiram-se à água-pesada (considerado um material atômico) e cassiterita (utilizado nas fundições de bronze e alumínio).
O segundo poderia ser encontrado em Rondônia, local em que havia grande extração, porque naquela pedra, em seu interior, havia turmalina.
Os cientistas e militares se surpreenderam pelo interesse dos alienistas, a não ser o elemento atômico, por que o desejo na turmalina?
A missão avançou nas perguntas, onde poderiam ser encontrados os mil seres que já se encontravam na terra. O sinalizador repetiu a pergunta para se fixar na resposta, pois seus dirigentes ficaram surpresos de desconhecerem o paradeiro deles.
O sinalizador de KORQ, favorecendo dar conhecimento à missão da terra e evitando, com isso, a idéia de conquista ou sua ocupação, deu informação do que poderia ser conhecida como ÁGUA PESADA ou DEUTÉRIO, que poderia ser achados em qualquer fonte de água, na proporção de 1 átomo corresponder a 6.760 átomos de hidrogênio simples. O deutério tem utilização nos principais reatores nucleares, desacelera os nêutrons liberados, impedem reações em cadeias. Utiliza-se também em reatores que usam urânio natural. O DEUTÉRIO não se diferencia da água natural, mas não podem ser bebidos ou usados para cozinhar, pois a fisiologia é diferente um do outro.
Quanto à cassiterita não esclareceram a finalidade a ser utilizada, estabelecendo maiores dúvidas nos membros da comissão brasileira, encarregada de manter entendimentos com os estranhos seres. Na terra o uso mais comum era na confecção de jóias de pequeno valor, por não serem consideradas pedras preciosas.
O que causava indiscrição acentuada seria saber-se onde poderiam estar mais de 1.000 espécimes de conformação distintas espalhados em nosso planeta, fáceis de serem identificados, quando repentinamente os dois, TOR e KORQ, sumiram sem deixar vestígios, apenas às marcas do solo cauterizado. Entretanto, o sinalizador assinalou que eles detinham poderes de se tornarem invisíveis, assim o fizeram em razão do aglomerado de terráqueos em torno deles, causando-lhes terror que pudessem ser atacados.
A temperatura já estava mais amena, em face do sumiço dos dois, e principalmente porque já não se avistava o planeta tão próximo da terra, simplesmente como o brilho de uma estrela distante.
TOR E KORQ bebiam tanta água que não havia nas proximidades quantidade que os satisfizessem, porém continuavam a sentir frio, com o sol a brilhar forte a uma temperatura de 39 a 40 graus. A comissão, de cientistas e militares, resolveu solicitar pelo rádio um caminhão-pipa de água para atender a sede manifestada dos alienígenas.
Os jornais começaram a divulgar as notícias mais desencontradas; em maior número que os seres de outro planeta, haviam desembarcado na areias de Copacabana no Rio de Janeiro, um verdadeiro exército com armamentos desconhecidos e nucleares. As guarnições do Exercito, Marinha e Aeronáutica estavam se deslocando para o local, mas os respectivos comandos constaram que seria impossível conter os invasores, em razão do contingente do planeta como das armas sofisticadas que dispunham. A população que permanecia na praia começou a entrar em pânico, corria de um lado para o outro, sem destino e orientação, espalhou-se o boato que eles estavam invisíveis, entrelaçado no meio do povo. Além da confusão reinante, havia uma desconfiança geral, para neutralizar esse procedimento começaram a dar as mãos uns aos outros e procuravam conversar em vozes altas, desligando-se os aparelhos de som e telefones celulares, que de um momento para outro deixaram de funcionar. Os altos comandos traçaram uma rápida estratégia, visando acalmar a população, como neutralizar possíveis ações dos extraterrestres.
Os cientistas e astrônomos presentes já falavam que o planeta era Júpiter, que não se encontrava no seu lugar habitual e os maiores observatórios astronômicos do país, através dos seus poderosos telescópios haviam verificado o deslocamento daquele planeta.
O povo presente nas areias começa a aumentar sua ansiedade e inquietação, pior era o som produzido do sinalizador que recomendava calma e nada temessem, porque nada aconteceria, não haveria nenhuma invasão, a terra permaneceria como se encontrava, mas o som era em inglês e poucos entendiam, a repercussão tornara-se maior, porque achavam estranha a origem da linguagem dos beligerantes. Os poucos tradutores não davam explicações idênticas uns aos outros, interpretavam diferentemente o que o sinalizador irradiava. As forças armadas pelas unidades presentes começaram a instalar autos falantes, que orientavam a população procurando acalmar.
As grandes cadeias de rádio e televisão, inclusive as representantes americanas, alemães, francesas e russas juntaram-se às nacionais para transmitirem do local, praia de Copacabana, ligadas a Ipanema e Leblon, os acontecimentos. Os reportes informavam que as missões não seriam pacíficas.
Inacreditável virem à terra em busca de turmalinas, no estado primitivo, nos núcleos das cassiteritas, e água pesada. Os oficiais generais determinaram aos seus comandados superiores, que formassem uma companhia, preferencialmente de tropa especializada e treinada nesse tipo de ação, e efetivassem uma busca na região visando encontrar TOR e KORQ, que ainda se mantinham invisíveis. A providência seria difícil de ser cumprida porque os sons das rádios que ali se encontravam não conseguiam transmitir, o mesmo fenômeno acontecia com as TVs, que somente mandavam imagens sem áudio.
Nesse momento ouviu-se do sinalizador de TOR que fosse facilitado o trabalho dos dois, uma vez que estavam com problemas de ingestão de ar e a invisibilidade dificultava ainda suas atividades, pela utilização de um gás inodoro, mas que atacava seus organismos, dada a baixa temperatura reinante, cerca de 40 graus, que no seu planeta tolerável era de 55° graus, o aparelho de som esclarecia, por outro lado, que KORQ estava se medicando, por não ter suportado à temperatura ambiente, logo que se recuperasse detalharia a razão do interesse pela turmalina, também encontrada na África, onde normalmente se abasteciam.
Voltava o pensamento como transportariam aquelas matérias, dos locais onde se encontravam até a possível nave que conduziria ao planeta Júpiter. Eles já tinham tudo devidamente planejado, sendo que o embarque dar-se-ia no meio do oceano. Para extração usariam ferramentas próprias, que usualmente empregavam na África.
KORQ se restabelecera e usava outro agasalho, visível, cheios de válvulas e bombas, equilibrador de temperaturas, conseguia caminhar entre a população até a barraca em que estavam os cientistas e generais das três armas, acompanhados de assessores técnicos. Não demorou em expor a missão e as razões principais do interesse pela turmalina. O aparelho que servia de interprete e informante começou dizendo que o Planeta Júpiter estava mais próximo do sol que os demais, mantinham o sistema ambiente e a temperatura que seus ocupantes viviam. Os reflexos dos raios do sol incidiam em Júpiter, dando-lhe luz própria durante o dia, perdida quando o sol dele se afastava. Esse desequilíbrio era superado pelo aquecimento da turmalina e a combustão da cassiterita, que armazenava a pedra semi-preciosa. Essa por sua vez, absorvia o calor do sol e seus reflexos mantinham iluminado o planeta no ocaso.
Dentro do raciocínio, o planeta Júpiter tinha sua órbita em torno do sol, dele dependia para sobreviver, não só pela luminosidade, mas principalmente em razão da irradiação do calor. Seus habitantes eram adaptados para suportar a intensa temperatura, daí decorria sua constituição física. Dependiam da riqueza da terra, nela se abasteciam para sobreviverem e entendiam que este planeta estava na obrigação de socorre-lo.
A turmalina que aqui não representava valor significativo, para Júpiter tornava-se essencial à iluminação, graças ao reflexo do sol sobre ela. O transporte, um tanto complexo, dependia do armazenamento em bolsões colocados em naves espaciais invisíveis, que amerissavam nos oceanos distantes das costas, no interior, com pás cinemáticas, aparentemente sem movimentos de forças mecânicas. Talvez a maior dificuldade decorria de levar das minas onde as cassiteritas eram extraídas até os locais de embarques.
Os dirigentes de Júpiter que se relacionavam com os proprietários das minas não recebiam moedas correntes pelo fornecimento e sim suas contas bancárias aumentavam a proporção das extrações, acreditavam os vendedores e a própria Receita Federal que esses valores fossem depositados pelos seres que viviam na terra, já transformados em terráqueos.
A temperatura na terra estava voltando ao normal, própria do verão carioca. A multidão aglomerada inicialmente na praia retornava aos seus lares. Os dois habitantes de Júpiter foram conduzidos de helicópteros, primeiro à base aérea e depois transportados de avião para Rondônia. Pediram para ver á base de discos voadores em Alto Paraíso, no .Estado de Goiás, que tinham conhecimento da existência. Fizeram algumas perguntas, tudo em inglês e por intermédio do sinalizador, desejosos estavam em saber quantos discos voadores ali estiveram e de onde provinham. TOR e KORQ demonstravam certa intranqüilidade, poderiam ser perigosos, passíveis de serem invasores. Proclamavam, entretanto, que em Júpiter não chegariam face aproximação do sol, que elevava a temperatura do seu planeta, a não ser que criassem equipamentos suportáveis ao calor. O próprio disco se fundiria ao descer no planeta. Eles, provavelmente provinham de Marte, que não dispunha de matéria prima capaz de suportar a intempérie ali reinante.
Em Rondônia preferiram se dirigir há determinadas pessoas, que inclusive, estranhamente, já os aguardavam, trocaram palavras não através do sinalizador e sim diretamente de suas falas, incompreensíveis, os sons diferenciavam das nossas pronúncias. Acertaram o transporte das matérias primas até ao litoral, nas praias nordestinas, bem assim o armazenamento, dias e horários. Aos dois, TOR e KORQ, foram apresentados seres humanos, que também dominavam os idiomas que falavam. Houve, nitidamente, uma manifestação de bem-estar entre todos. KORQ se sobressaia mais que TOR, poderia ser considerada na conceituação dos habitantes da terra como mais assanhada, pelo comportamento junto a homens e mulheres. Entregava-se a afetuosos abraços, que poderiam ser tomados como atrações sexuais e foi com cinco ou seis humanos para uma barraca sofisticada instalada na localidade. Não houve quem não ouvissem uivos alucinantes, causadores de impressões estranhas, semelhantes aos momentos de prazer quando dois seres se uniam na prática sexual. Usava roupas apropriadas para esse mister e fornecedoras de calor apropriado ao seu corpo.
TOR tinha um comportamento mais discreto, entretanto, não deixava passar a oportunidade e apreciar mulheres brancas que ali estavam.
O embarque da cassiterita ocorreu com a proteção das forças armadas e em dia que o planeta Júpiter deixou sua órbita órbita no espaço, deslocando-se em direção à terra.
A água pesada saiu de Poços de Caldas, no Estado de Minas Gerais, também cercada de segurança dos contingentes do exército, seriam radioativas.
Os mesmos fenômenos sentidos pelos cariocas, de sensação do aumento térmico, o povo nordestino, localizado no litoral,
também experimentou, com maior intensidade que comumente, pela aproximação de Júpiter.
A mídia estrangeira e nacional começara a divulgar as notícias, sem mais alardes, ao contrário davam idéias que a convivência com Júpiter era pacífica e no entender desse planeta, a terra estaria obrigada a fornecer os elementos indispensáveis à sobrevivência de seus habitantes.