Doce deleite

Eu já vivi muitas coisas, dizia ela. Embora ficasse curioso, preferia não ter ouvido muito sobre o seu passado. A única coisa que me importava naquele momento, era que eu seria o primeiro, e que daquele dia em diante eu sempre seria o primeiro. Até quando eu ainda não sei, e pouco me importa. Não pensar no amanhã me faz aproveitar mais o hoje. Sem deixar para o outro dia. Hoje eu a tenho. Hoje eu fiz juras de amor para ela no sinal vermelho. Todo aquele transito não ofuscaram meia dúzia de palavras que eu sei que ficaram marcadas para o amanhã, e para toda vez que ela passar por aquele cruzamento. Ela sempre se lembrara de mim hoje. Amanhã, não sei, amanhã eu penso no que fazer para conquistar mais um pedaço dela para mim. Sei que ontem ela me disse baixinho que era meu dever a conquistar todos os dias. Depois ela sorriu e me deu um beijo com sabor chocolate meio amargo.