Um Breve Conto.

Um Breve Conto.

Nas diversas tentativas de descobrir segredos oriundo dos seres terrenos/ divinos, encontrei nas pautas antigas, um novo conceito arcaico.

Sou Osvaldo Rocha Jr., escritor, arqueólogo, aventureiro, e, no decorrer desta aventura, um demônio. O ano era de 2025, o mês: Março do deus Marte, tendo como telespectadora, a lua crescente. Viajando pelo Norte, na exata região por nome Mussurunga (Expressão indígena. (Mussun - Cobra Preta. Runga - Quantidade)), passando e observando os vestígios de uma civilização, o antigo caminho que dava um possível, mas, inóspito acesso ao Aeroporto, Parque de Exposições e uma via direta para uma Tarde em Itapoã desta grande, mas, surpreendentemente ignorante civilização. Uma destas ruinas chamou-me a atenção, parecia uma estação de transbordo. Daquelas que viram inúmeros passos e vidas no auge de sua gloria. Ao lado desta construção, havia uma possível ladeira hoje, acidentada, cheias de barrocas, e, no cume desta, uma placa que dizia:

"Aquele que atravessar deliberadamente esse trecho, não só descobrirá novas amizades como segredos ocultos no âmago. (Hemis*)"

Este aviso deixou-me curioso, receoso um pouco, talvez até, duvidoso, mas, desci da velha Gold Wing, já que, era intransponível para qualquer veículo. Pus-me a andar, após cinco horas de caminhada entre areias, pontes apodrecidas, matas fechadas quase invioláveis, cheguei frente de uma ruina imensa em espaço e altura, cheia de antigos casebres e hieróglifos quase inexistente. Numa dessas entradas, tinha uma torre que parecia ser uma instalação de guarda e um vento frio abraçou-me. Seria p vento da sabedoria, ou, velhas sabedorias esvaindo-se pelo ar? Cautelosamente fui avançando e adentrando o cenário certo de não haver ninguém, na mão, a faca que usei para abrir passagem sobre a vegetação, nas costas, a mochila onde repousava os devidos instrumentos caso fosse necessário, foi ai que ouvi uma voz ressoar:

- Que a paz do senhor esteja contigo.

Olhei pasmo para direção da voz e respondi:

- Amém. Ele esta no meio de nós.

Aquela voz foi se formando como se a escuridão o abandonasse. Sua fisionomia era de detentor das verdades divinas sob a tutela do divino, o calor humano ardia como as chamas de alguém que esteve no inferno, seu ar, de quem carregava uma sabedoria tão absoluta que, sobre a crença dos textos terreno, defendia sua vocação, mas, qual?..

- Boa tarde. Falei.

Ele sorrindo retribuiu.

- Boa. O que te trás a essas ruinas?..

Respondi:

- Curiosidade e conhecimento.

Ele me olhou como se procurasse verdades na fala. Em seguida, começamos a conversar sobre no que acreditava, no que seria absoluto, e, no que tínhamos em comum. Dúvidas, questionamentos foram surgindo no decorrer das respostas, todas con a frase: - Acredite em mim.

A noite foi enveredando calma e tranquila, quanto de súbito, uma segunda voz invadiu o local. Era um sentinela com sua armadura dourada, entrando gradativamente no enredo, expondo sua visão sobre o assunto. Apesar de contrária ao outro, tunha como base a Bíblia. A lua encontrava-se a direita do céu escarlate, embora, passasse das dezoito horas. Nas tentativas de consolidar suas crenças, com lógicas que, necessariamente não precisariam crer no tal Deus, eu, atento observava pacientemente o desfecho.

Deuses, Deus, superstições impregnadas do folclore antigos que, ainda persistem na memória alheia, deixava claro que a crença e a fé, moldava o viver de muitos, então, quando enfim pensei em seguir adiante no intuito de desbravar o local, uma garota veio participar da conversa. Sua curiosidade era tamanha, seu conhecimento apesar de raso, tinha fortes argumentações, então, ela fez-me a seguinte pergunta:

- Senhor. Esse pingente. Por que?..

(Crucifixo invertido.)

Num rompante falei:

- Sou satanista!..

Ela olhou-me incrédula, e, continuou:

- Sério!

- Sério. Brinquei.

- Ah!!! Acreditei.

Dei risada e continuei.

- Ei não tenho religião. Esse pingente é para afrontar todas as pessoas que crêem nas escrituras. Ela também é uma forma de ir contra a ideologia da adoração ao palco de onde alguém sofreu horrores.

Nesta hora, meu demônio, Satanás fez-ne falar sobre este mundo. Mostrei um dicionário adquirido numa expedição feita no ano 2018 onde abri cova com escrituras escritas numa língua hoje inexistente, nestes papiros, havia um versículo onde, um anjo de beleza infinita, trocava carícias e entendimento com um demônio de uma maldade tão enfadonha e cruel, que, refletia nada mais, nada menos, que a própria natureza humana e seu desejo de superioridade, foram sentenciados a morrer e viver no inferno da sua paixão e no céu da suas mentiras. Por se amarem fez-se desamor.

Ela olhava-me espantada, boquiaberta, e, totalmente descrente entre outros sentires. Os outros, não sabiam no que crer, não admitiam o verdadeiro porque d'eu estar ali, nem qual intuito teria para mentir tantas verdades e veraciar cada ponto das mentiras.

Eram 21:30, despedir-me deles para completar a jornada, levando comigo novos amigos, matutando sobre toda conversa, sobre suas visões, sobre suas verdades, que no fim, reforça minha crença de que, os homens buscam no divino, as respostas para entender o seu mundo na esperança de conquistar o paraíso o qual muitas vezes tem, mas, por medo, por sentimentos pequenos, e, entendimentos limitados, fazem como Eva fez. Come da maçã, induzindo Adão a desviar-se de sua obediência (Verdade.) culpando a serpente por não aceitar ser falho. Desde que o mundo é mundo, nunca arcamos com nossas ações, sempre buscando uma serpente para por todo pecado, e, como se não bastasse, delegamos a Deus, toda dívida constituida ao longo da existência.

Peço perdão para aqueles que esperavam uma descoberta impar, quando na verdade, já conhecemos a pluralidade dos acontecimentos. Abraços até uma nova aventura.

* O Demônio Hermis ( O Mago)

Texto: Um Breve Conto.

Autor: Osvaldo Rocha Jr.

Data: 15/03/2025 às 11:16

Osvaldo Rocha Jr
Enviado por Osvaldo Rocha Jr em 17/03/2025
Reeditado em 17/03/2025
Código do texto: T8287542
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