MENINO BRASIL!
Nas asas da imaginação, uma criança negra ergue seus sonhos em busca da liberdade, como um pássaro que almeja o céu amplo e inexplorado! Seus olhos, cheios de brilho e determinação, refletem a chama de um desejo profundo: o desejo de ser livre, de ser verdadeiramente dono de seu destino! E nas asas da imaginação, essa criança negra ergue-se além das sombras do presente, sonhando com um mundo onde o respeito e a desigualdade florescem como raios de sol a acariciar a sua linda pele. E com os olhos cheios de determinação e um coração repleto de esperança, ele visualiza um futuro onde as correntes do preconceito estão despedaçadas, e o horizonte se estende em todas as cores do arco-íris da humanidade. Caminhando com seus pés descalços e firmes, no solo que afaga o sangue de um antecedente seu, corre por ruas onde o eco das risadas não conhece barreiras, a criança sonhadora vislumbra um lugar onde cada sorriso é um abraço caloroso, onde as mãos dadas são símbolos de união e onde a diversidade é celebrada como uma tapeçaria de riqueza cultural. Seus pés descalços dançam na melodia da mudança, enquanto ele pinta o amanhã com pinceladas de igualdade, justiça e compreensão! No palco de seus sonhos, essa criança negra destaca-se como um farol de inspiração, irradiando coragem para enfrentar os ventos do preconceito que ainda ousam soprar. Seu desejo é tão imenso quanto a luz das estrelas, que brilham não importa a cor do céu, e tão poderoso quanto o rugido das águas, que encontram um caminho por entre pedras desses casarões! Ele olha para o mundo ao seu redor, para as cicatrizes do passado e os desafios do presente, e seu coração ressoa com a força dos que vieram antes dele. Ele sabe das lutas travadas, das correntes rompidas e das vozes que se levantaram para cantar a canção da igualdade. Ele é o herdeiro de uma história de resiliência e esperança, e em seu peito bate o ritmo das batidas ancestrais, guiando-o para frente! Ele anseia muito por um mundo onde a pele não defina destinos, onde os talentos e a bondade prevaleçam sobre estigmas injustos. Seus sonhos ecoam como um chamado à ação, convidando todos a se unirem em uma sintonia de mudança, onde cada nota é um passo em direção à harmonia social. Esse menino não apenas sonha com a liberdade, mas com a paz que acompanha esse direito inalienável. Ele sonha com dias em que a cor da pele não será uma sentença, mas um traço de beleza a ser celebrado. Ele anseia por uma realidade onde suas pegadas possam ser deixadas na areia da vida sem o peso das amarras da discriminação. Seu sorriso, radiante como o sol da manhã, é um protesto silencioso contra a escuridão da injustiça que insiste em persistir! Nos seus sonhos, ele vê escolas onde a educação é uma lança que perfura a ignorância e a intolerância. E a medida que o sol de põe sobre seu horizonte imaginário, a criança negra permanece firme em sua visão de mundo melhor. Seus sonhos não são apenas uma fuga da realidade, mas sim sementes de transformação que germinam nas mentes e corações daqueles que ousam acreditar! Pois, afinal, são os sonhadores que moldam o curso da história, que desafiam o status quo e pavimentam o caminho para a aceitação genuína. E sim, ele enxerga um mundo onde a empatia é a linguagem universal, onde mãos de diferentes cores se entrelaçam em solidariedade, constituindo pontes sobre os rios da desigualdade. Ele imagina sim um futuro onde as oportunidade são tão abundante quanto as estrelas no céu noturno. Essa criança negra carrega dentro de si a determinação de um guerreiro e a suavidade de uma flor que cresce entre rachaduras do concreto. Ela é um testemunho vivo da resiliência humana e da capacidade de sonhar apesar das adversidades. Seu desejo de liberdade e paz é como um farol que brilha nas noites mais escuras, inspirando todos ao seu redor a marchar em direção a um amanhã mais justo e igualitário. Que as asas dos seus sonhos a elevem acima das limitações impostas, que sua jornada seja pavimentada com amor e a aceitação que ela merece. Que esses sonhos, tecidos com a fibra da igualdade, inspirem não apenas a criança negra, mas toda, toda a humanidade, a marcar em direção a um futuro onde o respeito é a linguagem universal e o preconceito é apenas uma lembrança distante. E que, junto, possamos erguer um mundo onde as cores da pele são eclipsadas pela luminosidade das almas que habitam este planeta!E que o mundo, finalmente, reconheça que a liberdade a paz são direitos sagrados, pertencentes a cada criança, independente da cor de sua pele, e que devem ser garantidos com respeito e dignidade! Ele se chama, Brasil! Meu Menino Brasil!
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Ronald Sá, é ator, dramaturgo, diretor e professor de teatro. Tem mais de 30 textos teatrais escritos, tanto infantil e adulto. Mora em São Luís do Maranhão. Começou a se interessar pelas letras desde criança. Formado em Artes Cênicas, tem um grupo de teatro na periferia da cidade maranhense, Anjo da Guarda. Bairro cultural, celeiro de vários artistas. Atuou, escreveu e dirigiu 26 espetáculos. No momento, escreve sua primeira série e e seu primeiro livro sobre o mundo teatral.