HÁ MALES QUE VÊM PARA NOSSO BEM – I
Um fazendeiro tinha um filho que gostava muito de domar cavalos. O jovem era hábil na lida com os animais e muitas pessoas das redondezas traziam seus cavalos para que ele os amansasse.
Porém, certo dia, ao montar em um cavalo bravio, o jovem foi jogado ao chão e teve sua perna esmagada pelo animal. Foi socorrido a tempo e sua perna foi salva. Todavia, os médicos foram taxativos: ele nunca mais poderia se dedicar à doma de cavalos.
Aquela notícia arrasou o rapaz. Sua vida estava perdida! O que faria agora?
Revoltou-se contra tudo e todos e ficou muito furioso.
Seu pai, todavia, tentou consolá-lo:
- Filho, não fique triste. Há males que vêm para nosso bem. Quando Deus fecha uma porta, Ele abre uma janela.
O jovem não deu ouvidos às palavras do velho pai. Trancou-se no seu quarto e passou dias a fio sem comer ou falar com pessoa alguma.
Os meses foram passando e ele viu que gostava de lidar com números. Um velho livro de matemática caiu em suas mãos e ele se interessou pelas equações e polinômios.
Passava horas e horas lidando com aquelas complicadas expressões. E decidiu-se: queria ser professor.
Quando ia prestar os exames para entrar na universidade, estourou a guerra. Houve uma convocação geral de todos os jovens aptos para defender a pátria. Seus amigos e vizinhos foram obrigados a se alistar. Como ele tinha um problema na perna, acabou sendo dispensado.
O tempo foi passando.
O jovem estudava na universidade, enquanto a guerra crescia em fúria e violência. E chegavam notícias tristes: seus amigos e vizinhos morriam nos campos de batalha.
Então, ele recordou-se daquilo o que seu velho pai lhe disse: se não sofresse aquele acidente e machucasse seriamente sua perna, com toda a certeza, seria chamado para lutar. E, talvez, perecesse no conflito.
O jovem se formou e tornou-se um professor dedicado. E quando, ele teve seus filhos ensinou-lhes esta lição: quando Deus fecha uma porta, Ele abre uma janela!
Deus escreve certo por linhas tortas. Adágio Popular
2010