A DIVERSIDADE GERA A UNIDADE
Um discípulo, certa vez, indagou ao seu mestre:
- Mestre, por que existe tanta diferença entre os homens? Por que existem tantas raças, credos, línguas, povos e nações? Por que cada um tem suas características próprias que o tornam diferente dos demais, causando conflitos e dificuldades que acontecem em todo o mundo? Não seria melhor se Deus fizesse cada homem igual? Se Ele o assim fizesse, não haveria guerras, brigas e o mundo viveria em paz.
O mestre olhou para o horizonte e, após pensar algum tempo, respondeu à indagação do pupilo, que ansiava por suas palavras de sabedoria:
- Sim, meu caro. Podes até ter alguma razão em sua teoria: se todos fôssemos iguais, iríamos gostar das mesmas coisas e não aconteceriam conflitos e guerras entre os seres humanos. Todavia, pensai bem: se houvesse um só tipo de ser humano, uma só raça, uma só crença, uma só língua e uma só nação, o mundo seria mais triste, pois o que torna a vida alegre é a diversidade de cores, raças, credos e línguas. O ser humano, sendo múltiplo, realiza coisas incríveis.
O discípulo pediu um exemplo. O Mestre não se esquivou:
- Olhai para sua mão. Veja seus dedos. Se todos os seus dedos fossem iguais, você poderia realizar um número diminuto de tarefas. Como cada um possui um tamanho diferente, a mão é uma ferramenta maravilhosa. E todos eles são os dedos da mesma mão, apesar de diferentes. Em suma: a diversidade gera a unidade. O discípulo entendeu a lição do mestre. O progresso humano não é conseguido pela uniformidade, pela padronização de pessoas ou de determinado grupo ou raça. Quando respeitamos o que é diferente estamos aceitando a nossa unidade, a grande irmandade a qual todos nós pertencemos.
2010