Foi o tinhoso sinhá
Maninha depois do enterro do seu marido, ficou muito triste a prantear pela casa.
Sua vizinha e cumadre, Eulália preocupada resolveu passar algumas noites de acompanhante.
E na manhã seguinte Maninha chamou a amiga e disse:
- Eulália, da minha alma tu não vais acreditar. Mas ontem o Manoel apareceu pra mim.
Eulália, encafifada disse-lhe então:
- Meu Deus Maninha o homem, quer reza.
Vou falar com o padre Abner pra oferecer umas missas pra ele.
Dois dias depois a irmã de Maninha, Mariazinha, veio das entranhas do Cutijuba para ficar de acompanhante até a recuperação da irmã.
Que se sentido mais a vontade comentou:
- Mana, do céu. Tu não sabes, mas o Albertino todas as noite vem me visitar.O que tu dizes?...
Mariazinha, que apesar de viver no interior tinha um alto conhecimento das escrituras bibliotecas e ouvindo o relato de sua irmã, disse-lhe:
- Mana, por favor leia aqui, em Eclesiaste, capítulo 9, versículos 5 e 10:
"5Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não sabem absolutamente nada, nem têm mais recompensa, porque toda lembrança deles caiu no esquecimento"
"10 Tudo o que a sua mão achar para fazer, faça-o com toda a sua força, pois não há trabalho, nem planejamento, nem conhecimento, nem sabedoria na Sepultura, o lugar para onde você vai."
Após a leitura Mariazinha perguntou-lhe:
- Então, Maninha, o que você me diz agora?...
Nesse momento vem entrando a Eulália e
Maninha espantada disse :
- Meu Deus do céu, sabe Eulália, que estava vindo me visitar?... Era o tinhoso.
O fato que apos a observação da irmã, Maninha nunca mais recebeu visita do Albertino.