Carga invisível. BVIW
Non videmos manicae quod in tergo est, não podemos ver a carga que carregamos nas costas. Margarida perdera o pai e a mãe de uma só vez. Um acidente na estrada. Margarida era filha única, uma menina bonita e naturalmente chamativa para seus treze anos. Pois seu corpo carregava uma volúpia natural. Não havia ninguém na família que pudesse lhe amparar... Então, ela foi parar na casa de Dona Wilma que era chamada de Casa da Sacanagem. Outros chamavam da Casa da Saca... para encobrir os espúrios fins do estabelecimento comercial. Alugava-se corpos para satisfazer prazeres sexuais. Então, Margarida perguntou a Dona Wilma se poderia trabalhar lá... e também morar lá, já que com a morte de seus pais, a casa onde morava lhe fora tirada. Wilma a olhou detidamente, de baixo a cima. E, perguntou-lhe: - vc sabe fazer sacanagem? Já trepou com alguém na vida? Margarida não entendera. Então lhe perguntou... o que era isto... alguém já enfiou alguma coisa em você, aí, entre as pernas ou então atrás, na bunda. Margarida recordara que seu primo Leonardo a violara, por mera curiosidade, quando tinha apenas doze anos... mas fora apenas uma vez... E, Wilma gritara:- praticamente virgem!... E, então, falou que poderia mas, teria que tomar banho, ficar limpa e, ainda se enfeitar para atrair os clientes... Margarida estava tímida e acanhada. E, apontou para Lúcia dizendo-lhe: - Engaja a menina que ela vai fazer trottoir. Enfim, seria o primeiro dia de profissional de sexo... e seu primeiro cliente era o Professor Apolinário, importante estudioso de latim e, dono do colégio local. Inicialmente, Apolinário refugou pois achava a menina muito nova. E, logo lembrou-se de tomar o viagra. Afinal, já estava com sessenta anos e não tinha o vigor sexual de jovem... Depois de muita insistência da meretriz, Apolinário aceitou, mas queria a menina pela noite toda, para ir com calma e não dar vexame. A cafetina ficou feliz, afinal, era uma boa quantia para ficar a noite inteira... e ademais, como ele era um sujeito culto e educado não machucaria a Margarida. Então, Margarida e Apolinário dirigiram-se ao quarto... era todo pintado de vermelho, incluindo os móveis... E, fechou-se a porta. E, então, Apolinário pediu que ela se despisse lentamente... enquanto assistia. Ele ficou maravilhado... e a menina então, depois de nua deitou-se na cama. E, então o velho senhor apressou-se a tirar as calças... mas, tinha que esperar o remédio, a funcionar. Margarida, absorta e entretida com sua voz e estórias... estava apreciando tudo, principalmente o vermelho do quarto.