O agora
Como pode um homem portar uma arma mortífera, ser o "deus da morte" temido por todos e ao mesmo tempo ser tão sereno e calmo? Não sinto sua aura de morte... Apenas a calma de um lago parado.
Ele sorriu ouvindo em silêncio. Sentiu a brisa fresca. Depositou a espada embainhada ao lado de seu corpo, sentou-se, ajoelhado, olhou para o homem confuso na sua frente.
O fato de eu portar uma espada não significa que seja a "morte". Ao desembanhá-la, de fato, devo usá-la - ele suspirou fundo- Há o momento de guerra e o momento de paz. Não preciso usar minhas habilidades e nem provar do que sou capaz. Eu sou. Eu estou. Ontem eu fui. Amanhã eu serei. Eu pertenço ao tempo presente. Eu sou e eu estou no agora. Se há paz ou guerra, aproveitarei e viverei o momento. Trago comigo apenas a bagagem do conhecimento passado nesses tempos. Nada mais.
Wesley Rezende