SAINDO DE SI MESMO
Aqui sentado defronte ao computador, escrevendo, sinto-me um pouco Deus. Experimento a fanfarronada possibilidade de ser criador e onipresente no ontem, no hoje e no amanhã. Sim, posso neste momento, exterminar ou criar um ser, uma imagem, um local, um intelectual, um ignorante, um homem quase perfeito e infindas criações.
Se eu quisesse poderia criar um best-seller ou algum escritor notável? Alguma obra literária que faria inveja a qualquer escritor hodierno famoso ou aos defuntos que já obtiveram sucesso com a escrita? Ao tentar responder esta pergunta, vacilei. Pois pensei, incontinenti, em meu nome já com cadeira cativa em alguma Academia de Letras, sem o devido merecimento. A grande responsabilidade me fez refletir que ser deus não é para qualquer um. Pode ter Deus, o nome de Maomé, Buda, Jeová, ou Cristo. Mas do início ao final dos tempos, o SER, tem que ser, realmente, Deus. Vou continuar tentando ser um criador, porém, com um pouco mais de modéstia.
Findo minhas exacerbadas pretensões com um ADEUS!