SAINDO DE SI MESMO

Aqui sentado defronte ao computador, escrevendo, sinto-me um pouco Deus. Experimento a fanfarronada possibilidade de ser criador e onipresente no ontem, no hoje e no amanhã. Sim, posso neste momento, exterminar ou criar um ser, uma imagem, um local, um intelectual, um ignorante, um homem quase perfeito e infindas criações.

Se eu quisesse poderia criar um best-seller ou algum escritor notável? Alguma obra literária que faria inveja a qualquer escritor hodierno famoso ou aos defuntos que já obtiveram sucesso com a escrita? Ao tentar responder esta pergunta, vacilei. Pois pensei, incontinenti, em meu nome já com cadeira cativa em alguma Academia de Letras, sem o devido merecimento. A grande responsabilidade me fez refletir que ser deus não é para qualquer um. Pode ter Deus, o nome de Maomé, Buda, Jeová, ou Cristo. Mas do início ao final dos tempos, o SER, tem que ser, realmente, Deus. Vou continuar tentando ser um criador, porém, com um pouco mais de modéstia.

Findo minhas exacerbadas pretensões com um ADEUS!

Luiz Celso de Matos
Enviado por Luiz Celso de Matos em 12/01/2008
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