As pétalas da vida

Ele sentou, no tatame, sobre os calcanhares

Tirou a Katana embainhada e a depositou ao seu lado

Era uma espada bem trabalhada,

Bela, bem afiada e curiosamente trazia uma aura leve

Mesmo tendo ceifado tantas vidas de tantos tipos

De criatura

Naquele momento o céu estava azul com nuvens brancas

Ele virou a cabeça e admirava os crisântemos

Dedicava a meditação observando a beleza do jardim

A brancura das pétalas do crisântemo

O som da água, onde um par de carpas nadava

Sem preocupação

Seus sentidos se dedicavam à total contemplação

Mesmo assim, ele ouviu quando alguém chegou em

Silêncio

Alguém angustiado, poluía o ambiente com sua tensão

Isso não perturbou a paz do homem

"Quando enfrento um adversário não tenho medo nem ódio ou vontade de ceifar uma vida. Enfrento a vida com a vida. O que tenho medo é de deixar de observar, cheirar e escutar as belezas desse mundo. Aquela abelha ali, voa alheia das forças que a podem matar. Só lhe interessa viver e seguir com seu trabalho."

Ao ouvir isso, o jovem que havia entrado na sala

Tomou consciência do jardim e da calmaria que

Reinava

Ele então se virou para o jardim e o contemplou

E naquele momento a paz invadiu seu peito...

Ele finalmente se encontrara

Wesley Rezende

Wesley Curumim
Enviado por Wesley Curumim em 03/09/2024
Reeditado em 03/09/2024
Código do texto: T8143012
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