O ponto final
Naquela manhã quando o Claudio saiu a Luiza estava resolvida.
Aprontou a mala, conferiu o bilhete do ônibus e saiu meio trêmula rumo à rodoviária.
No caminho teve que fazer baldeação para outro Uber, pois o que ela estava furou o pneu.
Na rodoviária soube que o ônibus já havia partido.
Chorosa, sentou num banco e foi interpelada por uma senhorinha.
É mal de amor?
Sim.
Mas não dá para relevar?
Foi uma coisa de momento. Agora não dá mais, ele já deve estar lendo a carta que escrevi.
Vai lá. Corre que ainda dá tempo.
A Luiza saiu em disparada.
O Claudio estava em casa sentado vendo televisão.
Amor, onde fostes com esta mala?
É roupa que fui levar para os albergados da enchente.
Amor encontrei este papel lá na tua penteadeira, mas não é a tua escrita, pois faltou o ponto final – falou o Claudio já se aproximando para o abraço.