O ponto final

Naquela manhã quando o Claudio saiu a Luiza estava resolvida.

Aprontou a mala, conferiu o bilhete do ônibus e saiu meio trêmula rumo à rodoviária.

No caminho teve que fazer baldeação para outro Uber, pois o que ela estava furou o pneu.

Na rodoviária soube que o ônibus já havia partido.

Chorosa, sentou num banco e foi interpelada por uma senhorinha.

É mal de amor?

Sim.

Mas não dá para relevar?

Foi uma coisa de momento. Agora não dá mais, ele já deve estar lendo a carta que escrevi.

Vai lá. Corre que ainda dá tempo.

A Luiza saiu em disparada.

O Claudio estava em casa sentado vendo televisão.

Amor, onde fostes com esta mala?

É roupa que fui levar para os albergados da enchente.

Amor encontrei este papel lá na tua penteadeira, mas não é a tua escrita, pois faltou o ponto final – falou o Claudio já se aproximando para o abraço.

Ondina Martins
Enviado por Ondina Martins em 01/09/2024
Código do texto: T8141881
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