Um dia daqueles
Naquela última casinha, daquela vila, a manhã parecia estacionada, mas não era que já havia o tempo avançado?... Em ponto, ao meio-dia chegou a mãezinha do trabalho, cansada e com fome.
Dizendo: - Mãe, não consegui um vale hoje, mas a senhora conseguiu algo pra gente comer?...
A mãe avó, então respondeu:
- Não minha filha. Não tive de quem emprestar. Todos aqui estão apertados.
E a mãe respondeu:
- Então vamos fazer um chibé
Nesse momento, numa das janelas do quarto, que dava pra casa de uma senhora, vó de Albeliana, dona Maria, estava assando castanha de caju num fogo, que ela fez com sobras de lenha numa espécie de coberta de zinco.
Varria primorosamente aquele quintal imenso, todo arborizado com ameixeira, com mangueiras e cajueiros como sempre o fazia.
Como a ouvir o apelo e por iniciativa a vontade de Deus, se ateu a chamar o menino na janela, sem sequer perguntar qualquer coisa:
- Meu filho. Meu filho.
E de umas panelas cobertas pegou dois peixes e quatro jenipapos e os ofereceu.
Como a respoder as necessidades daquela família, comonim instrumento naquele momento.
E mesmo se entender, o menino pegou tais suprimentos e disse:
- Dona Maria, obrigado.
Aquela senhora idosa cujo rosto cansado pelo tempo descansou num sorriso do momento, por motivos pessoais.
E o menino desceu com os mantimentos feliz a não se conter:
- Mãe, vó, olhe que a dona Maria me deu?...
As duas, sob a interrogação de surpresa do menino, também sem entender nem olharam direito, deixaram a luz da esperança florescer no rosto e ajoelhando em suas crendices agradeceram a Deus.
A mãe foi fazer os peixes, enquanto a avó fazia o vinho.
O menino felicíssimo nunca mais esqueceu.