Trevas
E mais uma vez o vento forte bateu à porta, soprou, soprou e soprou, mas não havia ninguém lá. O ancião bateu à porta, bateu, bateu e nada se ouviu. O local parecia deserto. Ele hesitou por um momento, olhando para a maçaneta enferrujada. Seria seguro entrar? O vento uivava através das frestas das janelas, fazendo as cortinas dançarem como fantasmas. O homem estremeceu e, finalmente, empurrou a porta com cuidado.
Para sua surpresa, o interior estava escuro e empoeirado, mas não completamente vazio. Uma única vela tremeluzia em cima de uma mesa de madeira, iluminando uma figura encolhida no canto. Era uma mulher, vestida com roupas rasgadas e cabelos desgrenhados. Seus olhos estavam fixos no homem, cheios de medo e esperança.
“Você veio me salvar?” sussurrou ela, a voz rouca e fraca.
O homem engoliu em seco. Quem era essa mulher? Por que ela estava ali? Ele não tinha respostas, mas algo dentro dele o impelia a ajudá-la. Ele se aproximou lentamente, estendendo a mão para ajudá-la a se levantar.
“Sim,” murmurou ele. “Eu vim te salvar.”
Mas ela permanecia imóvel, confusa e esquizofrênica…
E quantos segredos habitam ali? Quantos mais caberão?"
Continua...