O abandono pode matar

Leco foi o nome que batizaram o cachorrinho adotado pelo seu Luiz. Nascido de uma cria de 6 filhotes. Maria Dona da cadela anunciou as adoções nas redes sociais dizendo " Estou doando esses filhotinhos de cachorro para adoção para pessoas responsáveis, que estejam dispostas a cuidar e amar esses bichinhos. Se for para cuidar adote-os, do contrário, melhor não os levar."

Passou - se alguns dias, todos os serelepes cachorrinhos foram adotados e todas as famílias firmaram o propósito com Maria que iriam cuidar bem dos bichinhos.

Com seu Luiz não foi diferente. Seu Luiz, após a adoção, levou o cachorrinho Leco para a sua propriedade no interior. Leco resmungou bastante nos primeiros dias, mas logo se acostumou com seu novo lar.

Todos os dias ele era bem alimentado com ração, leite e tinha sempre água potável para beber e uma vez na semana tomava um banho.

Na propriedade do seu Luiz tinha muitas criações, tinha porco, boi, galinhas, patos, galinha d'angola etc.

Leco foi crescendo livre em meio a bicharada e recebendo muito carinho do seu Luiz, da sua esposa dona Ana e de seus dois filhos Mateus de 6 anos e Heitor de 18 anos.

Só que Leco começou a ficar muito arteiro. Começou a estragar os chinelos da família, roía tudo. Todas as manhãs era muito fogueteiro, pulava em todo mundo, corria pra lá, corria pra cá, latia e não parava.

E Leco apesar de ser bem alimentado começou também a matar as criações do seu Luiz. Matava galinhas e até seus patos. E por isso seu Luiz foi ficando muito revoltado e já não sabia o que fazer com Leco.

Até que em um belo dia ele decidiu que não daria mais para ficar com o cachorro, pensou então em abandonar Leco em algum lugar, saiu escondido dos filhos, colocou Leco num saco, amarrou a boca e levou-o para algum lugar bem distante para solta-lo à mercê da sorte.

Depois de muita andança, Seu Luiz chegou em um determinado lugar e decidiu que seria ali o lugar que deixaria Leco.

Então ali Leco foi deixado, abandonado e sem rumo. Ficou ali olhando para um lado, olhando para o outro esperando seu dono voltar. Era como se ele pensasse, "daqui a pouco meu dono vai voltar". Mas passaram horas e horas e nada. A barriga do bichinho começou a roncar de fome, e Leco ali vagando para um lado e para o outro procurando sua família, aqueles que prometeram cuidar dele. E assim, caminhou sem rumo, até que atravessando a estrada, se deparou com um motoqueiro em alta velocidade, que não conseguindo se desviar de Leco, bateu e atropelou o bichinho causando um grave acidente. A pancada foi tão forte, tão desastrosa que infelizmente levou a óbito Leco e o condutor daquela moto, que por surpresa da vida era Heitor o filho de 18 anos do seu Luiz. 13/12/2023 5:50 da manhã

Joilson Nascimento Junior
Enviado por Joilson Nascimento Junior em 05/08/2024
Reeditado em 09/08/2024
Código do texto: T8122503
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