P A S S O S
Microconto
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Ouço passos no corredor, acordei repentinamente com essa impressão. Terá sido mesmo impressão? Não! Ouço novamente passos bem audíveis e vêm do corredor. Me levanto e sentado na cama procuro me certificar se não estou sonhando. Não! Não estou sonhando, os sons são claros, alguém caminha pelo corredor que dar acesso ao meu quarto que fica no primeiro andar. Fico com receio de abrir a porta, não sei que situação vou encontrar quando tiver essa atitude. Silêncio. Alguns minutos se passaram e eu resolvo voltar para os braços de Morfeu. Vou tentar pelo menos.
Novamente ouço os passos, não restam dúvidas, nem consegui fechar os olhos. Ainda estou pensando se não é impressão minha, que isso não é real. Os passos se aproximam, pelos sons dar para deduzir. Tento manter a calma, crio coragem e resolvo abrir a porta, seja o que Deus quiser. Abro a bendita porta e não vejo ninguém, apenas a luz acesa que tenho certeza que deixei apagada. Sempre apago a luz do corredor quando vou dormir. Teria esquecido? Pode ser.
Uma rápida vistoria e nada que pudesse me preocupar. Portas e janelas trancadas, aparentemente tudo normal. E os passos? Teria algum ladrão adentrado? Mas... por onde? E por que não me abordou? Estarei em estado de delírio? Parado no corredor, sem ação, sem solução, resolvo voltar para o quarto. Ao entrar tranco a porta, espero alguns minutos e enfim deito para tentar dormir, pois ainda é madrugada. Silêncio total, enfim o que eu tanto desejava. O sono chega, durmo tranqüilo. Acordo pela manhã e fico imaginando todo aquele alvoroço.