A Liberdade de Ser (BVIW)

 

 

Hellen era uma menina diferente de todas as outras da sua pequena cidade. Realizava o que lhe dava em mente sem importar com o que viria depois: críticas e repreensões. Nada que fazia denegria a sua imagem, mas o modo de agir, a seu jeito livre de ser, já era motivo para estar na boca do povo que vivia mais a vida alheia que a própria.

 

O gosto na alimentação era exótico, o modo como se vestida e a música também. A jovem não agia dessa forma para chamar atenção nem tinha a intenção de provocar alguém. Era das ideias soltas e sem rédeas. Os vizinhos mais controladores julgavam o externo sem conhecer de perto a Hellen. Um par de vezes ouvia quando caminhava pela rua:

 

- Essa daí não vai dar boa coisa... Sem futuro e sem quem lhe escolha para companheira.

 

A própria família da jovem, por não lhe dar muito crédito, era possível que concordasse com os prognósticos da vizinhança. As condenações precipitadas, porém, não foram assertivas. Hellen, por ter ouvido mais a si que as conversas maldizentes dos moradores, e contrariando as previsões negativas, teve muito sucesso na vida. O emprego dos sonhos, e o namorado bonitão de família afortunada, era desejado pelas mulheres do bairro que ficaram enciumadas pela felicidade da jovem.

 

As pessoas não entenderam como alguém de destino escrito em linhas tortas conseguiu traçar um caminho tão reto na vida. O segredo de Hellen foi o de viver em liberdade de ideias, e não mudar por nada nem ninguém. Assim, a sorte lhe abraçou.

 

 

Tema proposto pelo BVIW   -  Escrito em linhas tortas

 

(BVIW - *BECOMING VERY IMPORTANTE WRITER/ "Tornando-se um escritor muito importante").