O Concurso de Contos da Escola Primavera
Era um dia ensolarado na Escola Primavera, e a diretora havia anunciado um concurso de contos que deixara todos os alunos empolgados. A proposta era escrever sobre sentimentos e como eles afetam o dia a dia. A empolgação era visível nos corredores e salas de aula. Ana, uma aluna do quinto ano, sentia uma mistura de alegria e ansiedade. Ela adorava escrever, mas a ideia de competir com seus colegas a deixava nervosa. Maria, sua melhor amiga, a encorajou com muita bondade, dizendo que suas histórias sempre eram as melhores. No entanto, Ana sentia um leve ciúme ao ver João, o garoto mais popular da turma, mostrando sua confiança exagerada, quase como se já tivesse vencido.
Durante a semana, a sala de aula estava repleta de confusão. Os alunos discutiam ideias, trocavam sugestões e, às vezes, ficavam frustrados. Ana sentiu coragem ao começar seu conto, escrevendo sobre uma aventura mágica. Sua curiosidade a levava a pesquisar detalhes que deixassem sua história mais rica. Mas nem tudo era fácil. Houve momentos de desânimo quando as palavras não vinham como ela queria. Ela também sentia uma certa desconfiança em relação às suas próprias habilidades, achando que talvez não fosse boa o suficiente. Alguns alunos mostravam desinteresse, mas a disposição de Ana não deixava que ela desistisse.
Ana enfrentou dúvidas sobre a trama e sentiu o peso do egoísmo ao querer toda a atenção para si. Contudo, ao ver que seus amigos também se esforçavam, sua empolgação voltou com força total. A generosidade de Maria, que sempre oferecia ajuda e dicas, despertou em Ana um sentimento de gratidão. No dia da apresentação, Ana estava tomada por indecisão. Sentia a indiferença de alguns colegas, mas também enfrentava a ingratidão de um amigo que criticou seu conto. Sentiu-se inibida ao subir no palco, mas a inquietação e insegurança foram superadas quando começou a ler sua história.
João, que sempre demonstrava mau humor, surpreendeu a todos ao elogiar a coragem de Ana. Ele também admitiu seu medo e pânico de falhar. Havia um clima de pessimismo, mas a simpatia de Ana conquistou a todos. Sua história era cheia de vaidade e vergonha, mas também de esperança e superação.
Ao final, Ana não ganhou o concurso, mas aprendeu muito sobre suas emoções e as dos outros. Ela percebeu que o nojo que sentira por algumas atitudes alheias se transformou em compreensão. Ana e seus colegas aprenderam que, independentemente do resultado, o que importava era a jornada emocional que cada um percorreu. E assim, a Escola Primavera celebrou um concurso que ensinou mais do que apenas a escrita: ensinou sobre a complexidade e a beleza das emoções humanas.