fim do ano fiscal: o saldo que ficou

e começa no susto junto com toda aquela gente

bem ali do lado

quanta gente bonita!

e no nono dia acabou a indecisão

mas acabou aquela vida, aquela que deu tanto trabalho para colocar de pé!

em poucos dias, de pernas pro ar

aquilo que um dia foi tão difícil de conseguir, foi embora rapidinho

se foi pra bem longe!

e ficamos frente a frente com o doido que estava inconformado com o fim: eu por hora vou respeitar sua decisão em não falar o nome.

e pouco a pouco com um despertar de um novo dia, vendo o céu acordar falamos um adeus apertado para a terra dos pé vermelhos que lutei em estar!

já na terra do nunca nem lugar pra ficar e o doido ainda questionava: voltar para o que e para quem?

só que o doido não sabia que voltar era para ele mesmo

entre desafios e códigos

entre telas e gente

um novo amanhã!

e estava difícil não falar pro doido afinal

e naquele dia de Carnaval, na terra dos pés vermelhos

era hora de falar

meia hora e 2 minutos

o número maldito tava ali!

e então confessei tudo para tirar a dor que ficou

E o doido bradou: era só isso?

Só isso quem liga;

Só isso quem se importa;

Ponto e vírgula de fim, ninguém mais usa, ninguém liga

Entre repúblicas, joanas e ursos, mais um copo virar

De veneno em veneno por aquele amor maldito que ninguém acreditou que existia

Teorias absurdas mostravam o que é que há

Entre risos malditos, o corpo se foi!

A conta da reverberação veio afinal!

E junto com ele, entre salas de terapia intensiva

Olhares e exames

Ninguém acredita! Ninguém nada sabe!

Entre Cidas e Rutes, entre Ritas, Thalitas e Ana Paulas, entre Silvias doutoras que hora poderia ser a Doutora

Isolado do mundo, perdido em sonhos

Estes sonhos que nunca

Que nunca virão, que nunca foram

Seus cabelos enrolados você falou que tinha que decidir na encruzilhada de luzes

O preço era meu, que eu possa encerrar

Encerrar essa história que chamo de vida

que vida é essa?

Esse doido maldito, me levou nesse trilho, nesse trilho perdido para uma estação que não existe

Mas veio a ruiva que ajudou a tirar o doido

E o rei ficou nu

Veio também a entidade, veio do outro plano

Dizer que o doido iria levar para o fim

em troca de ego, em troca de prata

E eis que veio o mago e mostrou o outro lado

mostrou que o doido era mesmo perdido e perdido em minhas palavras ficou mais perdido

Nem mesmo um café ficou, entre tantos já tomados

E teve a cabelo de fogo que mostrou o outro lado naquele show com garoa

Teve gente que chegou, chegou na estação, nela pulou fora e bradou: Bartousquiland nunca mais e se foi numa mensagem triste ou nem isso, para um lado. Atirou na lixeira os ovos que pisavam, mas dos ovos preparam o bolo do novo amanhã!

Entre caras e bocas, testes em vão, palavras desescritas

Entre eletrônicos que nunca foram, de lugares que não existiram, dá má vontade dos acolhedores e hospitaleiros

Que acolhimento afinal? Hospitalidade para quem?

Está em promoção no Avenida talvez?

Na Avenida da vida, o balanço chegou

Entre netos e tetos

A conta chegou!

A autonomia não veio

A solidão quer ouvidos

A tristeza quer diálogo

A crítica quer ação

Como uma bolsa em queda, se espera, se quebra

Quebrar mais para quem?

Quando é que a gente troca essa realidade que tá aí?

Não tenho meses de espera,

Assim vai esvaziando Pradella

Liminal todo dia

De dia pra dia

A conta chegou. E a vida acabou!

IsJustRick
Enviado por IsJustRick em 29/06/2024
Reeditado em 29/06/2024
Código do texto: T8095980
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