País das Maravilhas
Enfim, é verdade, não existe o País das Maravilhas. E, a Alice inaugurou o que chamamos de literatura nonsense. Toda menina curiosa que segue aleatoriamente um caminho sem temer os perigos e riscos. Engraçada é Alice participar de julgamento e ser condenada à more, no mundo da fantasia, pois amadurecer faz parte da sobrevivência humana. Enfim, toda a história surgiu no autor durante um passeio de barco pelo rio Tâmisa e fora inspirada num personagem real chamado Alice Liddel.
Retrata uma menina inteligente e questionadora que segue viagem pela vida utilizando sua imaginação e coragem. No fundo, é que nos exige a trajetória da vida. Entre o gato e o Chapeleiro Louco eternamente preso à hora do chá, há enigmas e poemas a conhecer. Eis que surgem as regras de etiqueta que para o mundo britânico do século XIX eram tão importantes. Já a autoridade máxima era a obesa Rainha de Copas que forçava a todos a lhe obedecer, expressava a injustiça do sistema monárquico tão caracterizado pela tirania e abuso de poder.
O interessante é que para o julgamento onde o juiz é o próprio Rei e os membros do júri parecem confusos e escrevem seu próprio nome em uma folha de papel repetidamente. De repente, Alice depois de sua rebeldia perante o tribunal acorda finalmente com a cabeça no colo de sua irmã.
Tudo era um sonho que narrava simbolicamente o que significa crescer, amadurecer e ter responsabilidades. A importância do personagem em nossa história nos remete aquele momento agradável sentada numa poltrona confortável, onde dobramos nossas incertezas juntamente com as esperanças. E, no origami complexo arquitetamos a vida...