O FETO
O FETO
Meu destino é a vida ou morte.
Ouço gritos muitos gritos, alguém chora, molhando minha cabeça.
Porque não nasci de mim,
Então nunca morrerei?
Aquilo q penso q sou não sou.
Se ñ nasçer ñ existirá familia ou sorte, apenas morte.
Não há um início se ñ existo aonde moro?
Nada aqui real, logo ñ existe o começo de meu fim.
Se não nasci me recuso a ser o q ñ quero ser.
Minha realidade é falsa, pois não tenho corpo, logo sou um sub produto do desejo.
Nunca houve passado ou futuro apenas estou agora, pois não sou o q penso ser.
O tempo é limitado, sou falso ou verdadeiro?
Eu nunca fui, porque deveria eu ser?
Apanho o lixo de meu pranto e reciclo.
Uma fumaça tóxica possui me.
"Quero ar ar ar" grito.
Eu penso q serei, mas esse saber é supérfluo.
Quando estou desperto sonho e dormo, quando acordado tenho pesadelos. Quando estou de pé estou morto e então já
sei o q eu não sou, pois tudo q aprendo quero desaprender para no próximo segundo aprender e logo desaprender. Não sou quem ouve o aprendizado de minha mãe, mas quem ouve o que não diz nada meu pai.
Se nascer vou faze lo morrer.
Gritos e mais gritos e minhas respostas procuram um interlocutor.
Não sou esse absoluto, mas um insulto um tanto abstrato. Nada me é passado ou tudo não me é futuro, tudo me é momento.
Sei que ainda ñ nasci porque não estou lá fora, se não estivesse, estava aqui.
Sou um corpo invisível q desagrega a cada segundo. Não tenho anos de vida, mas segundos. Tudo é factóide tudo me é ireal, porque ñ sou real apenas um feto sem alma em formação.
UM SER ABSTRATO
Meus conhecimentos nunca existiram em mim.
Antes da palavra mórbida retrocedo.
Eu nunca estive aqui, eu ñ sou um deus, talvez o dado jogado em seu tabuleiro.
Meu principio será sempre anterior a tudo e a todos. Talvez eu seja o depois do presente é o antes do futuro.
Eu sou um não existente, um absoluto sem benefícios no vazio.
Sou o último do nada, um forno sem lenha e um pote de cinzas sem um rio p afogar me.
Antes de eu nascer, eu já era envolvido com quem ñ nasceu.
Não faço perguntas as minhas intidades, pois a intidade em mim é abstrata e esquizofrênica.
Sou o instrumento. Sou anterior ao estado normal.
tenho um corpo anterior a alma, anterior ao Espírito e anterior a tudo.
Meu estado final é incompreensível ao estado de agora.
Sem estar presente, sinto o censor de presença acionando em meus nervos, músculos, Ossos células e sangue.
Todo vazio em mim é ninguém.
Eu sou tudo alem do nada. Afetado por um sentido de pouco.
Sou o absurdo anterior as ideias e anterior a tudo, a vida é a morte.
Nada existe, tudo é ilusão.
Estou fora de tudo e dentro do vazio.
Nada é consumido, tudo é irreal.
O mundo é irreal e absurdo.
Não sou o que fui, mesmo sendo.
O que é que eu tenha sido nada mudou a não ser a conivência de meu Eu.
Minha mente, mente me a todo instante.