Meu nome não é Maria!
Em um bairro vibrante e cheio de vida, onde as ruas contavam histórias e os sorrisos eram tão numerosos quanto as estrelas no céu noturno, vivia uma mulher chamada Nara. Ela era uma alma livre, com olhos que brilhavam com a intensidade de sua determinação e uma risada que enchia qualquer ambiente de alegria. Nara era uma mulher negra, orgulhosa de sua identidade e suas raízes, e seu nome carregava consigo a história de suas ancestrais.
Um dia, porém, a vida de Nara foi virada de cabeça para baixo. Em um momento de confusão e caos, ela foi detida pela polícia, acusada de um crime que não cometeu. Foi como se o mundo todo desabasse sobre seus ombros, esmagando sua liberdade e sua esperança sob o peso da injustiça.
Na cela fria e impiedosa, Nara permaneceu, lutando contra as lágrimas que teimavam em escapar de seus olhos. Ela pensava em sua família, em sua comunidade, em todos aqueles que confiavam nela e que agora estavam privados de sua presença. Mas, acima de tudo, ela pensava em seu nome.
Enquanto as semanas se arrastavam, Nara se recusava a esquecer quem ela era. Ela se agarrou ao seu nome como um lembrete de sua identidade, de sua força e de sua dignidade. "Meu nome não é Maria", ela repetia para si mesma todas as noites, como um mantra que a mantinha firme em meio à tempestade.
Enquanto isso, do lado de fora das paredes da prisão, a comunidade de Nara se unia em solidariedade. Eles marcharam, protestaram e levantaram suas vozes em nome da justiça para Nara e para todos aqueles que sofriam sob o peso do sistema quebrado. Sua história se espalhou como fogo em uma floresta seca, inspirando outros a se levantarem e a exigirem mudança.
Finalmente, após longos meses de luta e sacrifício, a verdade veio à tona. Um erro grave havia sido cometido, e Nara foi libertada das garras da injustiça. Enquanto ela emergia da escuridão da prisão para a luz do dia, seus olhos encontraram os rostos sorridentes de sua família e de sua comunidade, que a receberam de braços abertos.
Com lágrimas de alívio e gratidão escorrendo por seu rosto, Nara ergueu a cabeça com orgulho. Ela sabia que a batalha ainda não havia acabado, que ainda havia muito trabalho a ser feito para garantir que ninguém mais sofresse como ela sofreu. Mas, naquele momento, ela encontrou conforto na certeza de que seu nome, sua verdadeira identidade, havia sido restaurado.
E assim, Nara seguiu em frente, não apenas como uma sobrevivente, mas como uma guerreira, uma voz para os sem voz, uma luz na escuridão. Pois, para ela, não era apenas sobre corrigir um erro, mas sobre reivindicar sua história, sua dignidade e seu direito de existir plenamente no mundo como quem ela realmente era: Nara, e não Maria!
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Pix 45999009768 Eliane da Silva